Justiça sueca especifica as quatro acusações contra Assange
A Justiça sueca especificou nesta terça-feira perante o tribunal londrino de Westminster as quatro acusações de agressão sexual pelas quais pede a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
A advogada Gemma Lindfield, representante legal das autoridades suecas no processo, disse perante o juiz Howard Riddle que uma mulher identificada como "Miss A." acusou Assange de "coerção ilegal" na noite de 14 de agosto.
A mulher argumentou que o fundador do Wikileaks utilizou o peso de seu corpo para imobilizá-la com intenção sexual.
A segunda acusação diz que Assange "abusou sexualmente" da mesma "Miss A." ao praticar sexo sem preservativo, sem respeitar pedido da suposta vítima.
A terceira acusação é de que, no dia 18 de agosto, o suspeito "abusou deliberadamente" da mesma pessoa "violando sua integridade sexual".
A quarta e última acusação se refere a uma segunda mulher, identificada como "Miss W.", que o acusa de ter mantido relações sexuais sem preservativo e enquanto ela dormia, na cada da possível vítima em Estocolmo.
Assange, preso nesta terça-feira em Londres em virtude de uma ordem europeia, compareceu perante o tribunal de extradição da Corte de Magistrados de Westminster.
O juiz Riddle desprezou seu pedido de liberdade sob o pagamento de fiança, ao considerar um risco de descumprimento, e ordenou que o processado permanecesse em prisão preventiva até a próxima audiência, fixada em 14 de dezembro.
O suspeito, que estava aspecto pálido e sereno, teve que confirmar sua identidade e endereço - deu um na Austrália -, e expressou também sua intenção de lutar contra a extradição para a Suécia.