Hackers bloqueiam site de banco suíço que fechou conta do WikiLeaks
7 dez2010 - 10h39
(atualizado em 15/12/2010 às 15h57)
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Hackers simpatizantes do fundador do portal Wikileaks, Julian Assange, bloquearam a página de internet do banco suíço PostFinance, depois de a entidade ter fechado a conta do australiano.
O porta-voz do banco afirmou à agência de notícias suíça ATS que a página estava bloqueada desde as 19h30 (horário de Brasília) de segunda-feira, em um "ataque" que relaciona ao fechamento da conta de Assange.
O PostFinance, braço financeiro dos Correios da Suíça, decidiu ontem fechar a conta do fundador do WikiLeaks aberta para receber doações dos seguidores de seu site após o anúncio de que o PayPal, através do qual o portal recebia doações, tinha optado também por fechar sua conta.
A entidade financeira suíça informou que tenta recuperar o mais breve possível o funcionamento normal de seu site, já que o bloqueio gerou inúmeras queixas de seus clientes.
O Partido Pirata da Suíça, que cedeu ao WikiLeaks um endereço IP do país, e cujo presidente, Daniel Simonet, anunciou em seu blog seu apoio a Assange, negou envolvimento no "ataque cibernético".
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco