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Estados Unidos

Assange teme ser extraditado aos EUA se viajar à Suécia

5 dez 2010 - 09h48
(atualizado às 10h14)
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O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, não quer viajar para Suécia para depor no processo que tramita contra si por supostos delitos sexuais pelo temor de ser extraditado aos Estados Unidos, disse seu advogado.

infográfico info wikileaks
infográfico info wikileaks
Foto: Reuters

O advogado de Assange no Reino Unido, Mark Stephens, declarou neste domingo ao canal sueco TV4 que seu cliente prefere que o promotor responsável pelo caso na Suécia o interrogue em Londres, e acusou este de não informar de forma clara as acusações concretas contra o jornalista australiano.

"Julian Assange não se esconde, o promotor sabe precisamente como contatá-lo. Se me escutas, Marianne Ny (promotor do caso), por favor, entre em contato conosco. Julian quer falar contigo aqui em Londres", afirmou Stephens.

Em declarações ao mesmo canal, Ny garantiu que as legislações sueca e britânica não permitem viajar para Londres para realizar interrogatório e que este deve ocorrer na Suécia. Ny rejeitou que Assange possa ser extraditado aos EUA se entrar na Suécia.

"Isso não pode ocorrer porque em um caso como este. Pelas leis suecas, se alguém é detido e preso preventivamente, ninguém pode, nenhuma autoridade sueca ou estrangeira, levá-lo sem mais", declarou a promotora. A Corte Suprema da Suécia decidiu há três dias não estimar o recurso à ordem de captura emitida contra Assange pela Justiça sueca, por isso que segue vigente a ordem de busca internacional ditada contra ele pela Interpol.

As autoridades suecas já enviaram à Polícia britânica uma nova ordem de captura contra Assange, complementar à primeira, que inclui matizações necessárias de acordo com a justiça deste país para poder proceder à detenção do fundador do WikiLeaks, que segundo meios britânicos está no Reino Unido.

A ordem inicial incluía só uma especificação sobre a pena máxima de 4 anos que este poderia ser condenado pelo delito mais grave do que está acusado, o de violação. A nova ordem enviada neste domingo contém, além disso, especificações de penas máximas para outros delitos.

Todos os casos dos quais Assange é suspeito estão relacionados com sua estadia em agosto na Suécia para pronunciar várias conferências sobre sua atividade no WikiLeaks, o site que ganhou fama por revelar documentos confidenciais do Governo dos EUA.



EFE   
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