WikiLeaks acusa Amazon de mentir sobre razão de expulsão
3 dez2010 - 14h41
(atualizado às 16h14)
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O WikiLeaks acusou nesta sexta-feira a Amazon de "mentir" e atuar "covardemente", após escutar os argumentos dados por sua subsidiária Amazon Web Services (AWS) para justificar a expulsão do site de internet de seus servidores.
Em comunicado, a AWS assinalou que sua decisão não foi produto nem da pressão do governo americano nem dos ataques de negação de serviço (DDOS) que o WikiLeaks está sofrendo desde que começou a revelar 251 mil documentos diplomáticos americanos.
A AWS, que aluga servidores para alojar sites de internet, disse que "o WikiLeaks não estava cumprindo os termos do contrato".
Concretamente, a AWS assinalou que o contrato assinado pelo WikiLeaks estabelece que o portal criado pelo australiano Julian Assange "garante que possui ou controla todos os direitos do conteúdo de sua página".
"É claro que o WikiLeaks não possui ou controla todos os direitos deste conteúdo classificado", afirmo a AWS através de um comunicado.
"Além disso, não é crível que o extraordinário volume de 250 mil documentos classificados que o WikiLeaks está publicando pudesse ter sido redigido de forma cuidadosa como para assegurar que não estavam pondo vidas inocentes em perigo", acrescentou a AWS.
Em resposta, o WikiLeaks informou pelo seu Twitter que "o comunicado de imprensa da Amazon não está de acordo com os fatos públicos. Um coisa é ser covarde. Outra é mentir".
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco