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Organizadores esperam cúpula "amigável"

1 dez 2010 - 21h55
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O balneário argentino de Mar del Plata prepara-se para receber os líderes que assistirão à XX Cúpula Ibero-Americana, prevista como "amigável" pelos organizadores.

Esta não é a primeira reunião presidencial de América Latina, Espanha e Portugal realizada na Argentina, país que sediou a quinta edição, em 1995 na cidade de Bariloche, onde foram aprovados 13 programas de cooperação educativa.

Mais de 10 mil pessoas, entre funcionários, agentes e jornalistas, e cerca de 20 de chefes de Estado e de Governo irão a Mar del Plata, localizada a 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, para participar da Cúpula dos dias 3 e 4 de dezembro, que tem como lema "Educação para a inclusão social".

Os cidadãos locais deixaram de lado os preparativos da temporada de verão para receber a "inundação" de participantes do evento, que promete gerar uma grande mobilização gastronômica e hoteleira, "favorecendo a criação de emprego", destacou o secretário de Turismo de Buenos Aires, Ignacio Crotto.

Os cerca de 620 mil habitantes de Mar del Plata, um dos principais destinos turísticos para os argentinos, se preparam para conviver com o forte esquema de segurança montado para a reunião, que no entanto será menor que o da quarta edição, realizada em 2005, disse à Agência Efe o diretor de Segurança do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, Ulises Cándico.

O plano, explicou o Cándico, "é de menor escala porque o evento tem riscos mais baixos" em relação ao encontro em questão, que contou com a presença do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush e gerou protestos de grupos de extrema esquerda, que incendiaram uma bandeira americana e destruíram várias lojas do balneário.

A "zona de exclusão" composta por três "anéis de segurança" abrange cerca de três quilômetros quadrados, e nela só será permitida a entrada de pessoas com credencial oficial.

O setor operacional, do qual participará um efetivo de 2.500 homens, se centrará nos arredores do hotel Provincial, sede da Cúpula.

As autoridades municipais não quiseram perder a oportunidade de destacar o turismo local, e instalará na região esculturas emblemáticas da arte, a cultura e do esporte, como a do compositor de tangos marplatense Astor Piazzolla, em tamanho natural e confeccionada em bronze.

Também convocarão fora da "zona de exclusão" o Passeio das Coletividades, com desfiles das diferentes comunidades dos países ibero-americanos e que, segundo os organizadores, poderiam contar com a presença de alguns governantes, como o boliviano Evo Morales, embora sua participação não tenha sido confirmada oficialmente.

Com 54 mil leitos hoteleiros distribuídos em estabelecimentos de todas as categorias, a cidade "tem todas as condições de abrigar uma cúpula desta magnitude", disse recentemente a presidente argentina, Cristina Kirchner, que qualificou o balneário como "um lugar típico" do país.

O Governo acredita que "não há dinheiro que possa pagar uma campanha publicitária como a que terá Mar del Plata com este encontro", reconheceu dias atrás o próprio secretário de Turismo argentino, Enrique Meyer.

As autoridades pretendem assim deixar para trás os problemas que surgiram durante a Cúpula das Américas e que levaram muitos moradores naquela ocasião a abandonar a cidade durante o evento.

EFE   
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