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Estados Unidos

Hillary elogia Berlusconi para 'apagar incêndio' do Wikileaks

1 dez 2010 - 14h58
(atualizado às 16h07)
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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tem dado muitas explicações aos líderes mundiais depois da divulgação constrangedora, pelo site Wikileaks, de mensagens das embaixadas dos Estados Unidos - poucos precisaram de tanta explicação, porém, quanto o italiano Silvio Berlusconi.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se reuniu com o premiê italiano Silvio Berlusconi em Astana, no Cazaquistão
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se reuniu com o premiê italiano Silvio Berlusconi em Astana, no Cazaquistão
Foto: AFP

Hillary aproveitou a oportunidade de uma reunião numa cúpula cazaque para tranquilizar pessoalmente o primeiro-ministro da Itália, cuja vaidade foi claramente afetada pelas mensagens norte-americanas, que o chamam de "fraco" e de "festeiro".

"Não tempos amigo melhor, não temos ninguém que apoie as políticas americanas de forma tão consistente como o primeiro-ministro Berlusconi", disse Hillary Clinton aos jornalistas quando os dois se encontraram.

"Os Estados Unidos, os governos republicano e democrata de forma igual, sabem que podem contar com o primeiro-ministro para apoiar as políticas e valores compartilhados pela Itália e pelos Estados Unidos", disse ela.

Publicamente, Berlusconi zombou das mensagens do Wikileaks, que se concentram na vida privada do primeiro-ministro de 74 anos e o descrevem como "fraco, vaidoso e ineficaz como líder moderno europeu".

Entretanto, parece que elas atingiram um ponto delicado. Autoridades norte-americanas afirmaram que Berlusconi tratou do assunto com Hillary Clinton em suas conversas em Astana, a capital futurista do Cazaquistão.

"Ele observou que isso estimulou muitas discussões na Itália e que, de forma não surpreendente, era um problema", afirmou nos bastidores um funcionário sênior do Departamento do Estado.

Hillary Clinton decidiu fazer os comentários públicos à mídia para esclarecer a situação, disse o funcionário.

"Ela quis falar ao mundo e à imprensa o que ela disse a ele e o que a América pensa", disse ele.

Hillary criticou duramente os vazamentos, que revelaram uma enorme quantidade de comunicações diplomáticas sigilosas dos EUA, ressaltando que os documentos não refletem a política oficial norte-americana e prometendo que as importantes alianças dos EUA não seriam abaladas pelas revelações.

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