Fidel taxa de "escândalo colossal" o vazamento do WikiLeaks
1 dez2010 - 14h31
(atualizado às 15h03)
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O ex-presidente de Cuba Fidel Castro classifica como "colossal" o escândalo em que está envolvido os Estados Unidos após o vazamento de documentos secretos da diplomacia de Washington pela plataforma WikiLeaks, como afirma em artigo publicado nesta quarta-feira aos imprensa oficiais.
Fidel Castro fez uma breve menção ao tema na última de suas Reflexiones, intitulada "Notícias da cólera no Haiti", no qual aborda o trabalho das equipes médicas cubanas no país para combater a epidemia.
"Há muitas coisas das quais se devia falar sobre o envolvimento dos Estados Unidos no colossal escândalo como consequência dos documentos publicados pelo Wikileaks, cuja autenticidade - independentemente de qualquer outra motivação desse site - ninguém colocou em dúvida", escreve o líder cubano no início do artigo.
O ex-presidente cubano pede nunca seja esquecido que o Haiti deve ser reconstruído desde os alicerces "com a ajuda e cooperação de todos".
Pelos seus últimos reportes, o número de mortos pelo surto de cólera no Haiti chegou a 1.751 e 34.248 pessoas foram hospitalizadas.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco