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Oriente Médio

AI pede ao Irã que suspenda execução de mulher de ex-jogador

30 nov 2010 - 17h23
(atualizado às 18h28)
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A organização Anistia Internacional (AI) pediu nesta terça-feira às autoridades iranianas que suspendam a iminente execução de Shahla Jahed, mulher de um proeminente ex-jogador do Irã, por considerar que poderia ter sido "erroneamente processada". Mediante um comunicado emitido em Londres, a AI indicou que o advogado de Shahla tinha recebido uma notificação oficial na qual foi informada que sua cliente seria executada na prisão de Evin, em Teerã, nesta quarta-feira ao amanhecer.

Malcolm Smart, diretor do programa para o Oriente Médio da AI, denunciou nesta terça-feira na citada nota que a pena de morte "representa a negação última dos direitos humanos e a maneira mais extrema de castigo cruel, desumano e degradante". Shahla Jahed, que tinha contraído "casamento temporário" com Nasser Mohammad Khani, um ex-atacante da seleção iraniana, foi acusada de apunhalar até a morte a "esposa permanente" do jogador.

De acordo com a lei iraniana, homens e mulheres podem se casar de maneira permanente ou temporária, lembra a Anistia. Quando se trata de "casamentos temporários", homens e mulheres podem se casar durante um período estipulado de tempo, sob pagamento de uma quantia estipulada de dinheiro à mulher, após o qual o casamento fica cancelado, podendo ser renovado.

Os homens têm direito de ter até quatro mulheres "permanentes" e qualquer número de mulheres "temporárias". Já as mulheres só podem ter um marido de cada vez.

EFE   
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