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Estados Unidos

Wikileaks: Zelaya foi vítima de conspiração em Honduras

29 nov 2010 - 17h16
(atualizado às 19h53)
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A embaixada dos EUA em Tegucigalpa afirmou em uma mensagem diplomática enviada a Washington pouco depois do golpe de Estado em Honduras, em junho de 2009, que o presidente deposto Manuel Zelaya foi vítima de conspiração.

Documentos divulgdos pelo Wikileaks denunciaram suposta tentativa de golpe contra Zelaya em Honduras
Documentos divulgdos pelo Wikileaks denunciaram suposta tentativa de golpe contra Zelaya em Honduras
Foto: Reuters

"A perspectiva da embaixada é de que não há dúvida que o exército, a Corte Suprema e o Congresso conspiraram no dia 28 de junho no que constituiu um golpe inconstitucional e ilegal contra o poder executivo", afirma uma das mensagens divulgadas pelo Wikileaks que aparece nesta segunda-feira na página dos jornais The New York Times e El País.

NY Times, El País, o francês Le Monde, o britânico The Guardian e a revista alemã Der Spiegel foram os cinco meios que tiveram acesso antecipado aos documentos divulgados no último domingo pelo Wikileaks.

Os citados meios publicaram, no último domingo, as principais informações, mas nesta segunda-feira forneceram detalhes adicionais sobre o vazamento de mais de 250 mil mensagens enviadas por diplomatas dos EUA no mundo todo nos últimos anos.

A mensagem redigida pelo embaixador americano em Tegucigalpa, Hugo Llorens, destaca que, independentemente dos méritos de um caso contra Zelaya, a tomada do poder por parte de Roberto Micheletti, que ocupou a presidência após o golpe, foi "ilegítima".

Segundo a mensagem, "nenhum" dos argumentos para justificar o afastamento de Zelaya gozavam de "validade substancial" segundo a Constituição hondurenha.

O diplomata vai além ao afirmar que alguns dos argumentos para justificar o golpe foram "abertamente falsos" e outros "simples suposições".

Os EUA condenaram o golpe de Estado em Honduras, mas reconheceram a vitória de Lobo no pleito de novembro de 2009, que qualificou de "um importante marco" para solucionar a crise no país.

EFE   
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