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Ásia

Após ataque norte-coreano, duas Coreias trocam ameaças

24 nov 2010 - 11h48
(atualizado às 12h23)
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As duas Coreias trocaram duras ameaças nesta quarta-feira, um dia após o ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, perto da difusa linha fronteiriça do Mar Amarelo, o Paralelo 38, que deixou quatro mortos, incluindo dois civis.

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A Coreia do Sul avalia sua resposta, sem descartar uma "dura represália" se houver mais provocações, e aumentou sua presença militar nas ilhas do Mar Amarelo, onde nesta terça-feira ocorreu a troca de tiros de artilharia entre os dois países, inimigos há 60 anos.

Por sua vez, a Coreia do Norte, que acusa Seul de iniciar os disparos que desembocaram em seu ataque contra o território sul-coreano, avisou nesta quarta-feira aos sul-coreanos que eles são responsáveis por deixar a península "à beira da guerra".

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul anunciaram manobras militares no Mar Amarelo de domingo até quarta-feira com a participação de porta-aviões americanos "George Washington".

As atividades militares, que já estavam planejadas, foram anunciadas em plena crise, após uma conversa por telefone entre os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, na qual reafirmaram sua aliança e condenação ao ataque norte-coreano.

Seul destacou que essas manobras, que também contarão com pelo menos quatro navios de guerra dos EUA, têm caráter "dissuasório" e "defensivo" para deixar claro que qualquer provocação de Pyongyang terá uma resposta contundente.

A China não condenou o ataque da Coreia do Norte, já que os dois países são aliados, e chegou a criticar as manobras de Washington e Seul próximas à sua costa, por considerar que não contribuem para a paz e a estabilidade no leste da Ásia.

EUA, Coreia do Sul e Japão pediram nesta quarta-feira à China que demonstre liderança para diminuir as tensões e defenderam uma resposta da comunidade internacional, mas ainda não anunciaram possíveis medidas na ONU.

O mundo assiste preocupado às tensões na península coreana, uma das áreas mais militarizadas do mundo, com mais de um milhão de soldados norte-coreanos, 655 mil sul-coreanos e 28,5 mil americanos.

Na Coreia do Sul, o ataque desta terça-feira deixou quatro mortos e 18 feridos e destruiu dezenas de casas.

As equipes que rastreavam os escombros em parte da ilha encontraram nesta quarta-feira os dois primeiros corpos de civis.

Tratam-se de dois operários de cerca de 60 anos que trabalhavam na base de Yeonpyeong, a principal região atingida pelo ataque e onde nesta terça-feira foram registradas duas baixas militares.

O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, afirmou que o país aumentará o número de peças de artilharia na ilha de Yeonpyeong, assim como o alcance e calibre dos obuses, depois que nesta terça-feira cerca de 80 projéteis norte-coreanos destruíram a região em seu ataque.

O titular da Defesa ressaltou que a Coreia do Norte realizou uma manobra deliberada para consolidar a liderança de Kim Jong-un, filho mais novo do ditador norte-coreano, Kim Jong-il.

A Coreia do Sul também anunciou nesta quarta-feira a suspensão do envio da ajuda humanitária prometida à Coreia do Norte por causa das inundações que afetaram o país em agosto.

EFE   
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