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Oriente Médio

Al-Qaeda diz que gastou US$ 4,2 mil com pacotes-bomba

21 nov 2010 - 13h59
(atualizado às 18h05)
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A Al Qaeda diz que gastou US$ 4,2 mil no envio de dois pacotes-bomba do Iêmen para os EUA, interceptados no mês passado no Reino Unido e em Dubai, segundo o último número da revista Inspire, publicada em sites islamitas. Na edição de novembro, o grupo terrorista ameaça "dar os detalhes técnicos do dispositivo para os mujahedin (guerreiros santos) de todo o mundo, para que usem em seus respectivos países" e os coloquem em aviões de passageiros. A publicação, que dedica 23 páginas para os ataques frustrados, detalha que, para a autodenominada "Operação Hemorragia", foram adquiridos dois telefones celulares Nokia por US$ 300 e duas impressoras HP por US$ 600.

As despesas de envio, transporte e outras verbas não precisadas somaram um total de US$ 4,2 mil, um valor que a Al Qaeda compara com "o indubitável custo de bilhões de dólares que os Estados Unidos e outros países ocidentais terão com novas medidas de segurança". Além disso, a revista, cuja autenticidade não pôde ser verificada, assinala que na preparação do fracassado ataque terrorista trabalharam seis militantes, "e custaram ao Ocidente milhares, se não milhões, de horas de trabalho em uma tentativa de se proteger dos pacotes da morte".

Os dois artefatos, que foram enviados do Iêmen através das empresas americanas UPS e FedEx, foram detectados no dia 29 de outubro no emirado de Dubai e no Reino Unido, e tinham como destino sinagogas de Chicago (EUA). "Desde o princípio, nosso objetivo era econômico. A queda de um avião de carga só mataria um piloto e um copiloto", indica o grupo terrorista, para o qual "a explosão dos aviões no ar teria acrescentado o elemento do medo e da surpresa".

O principal objetivo, segundo a Al Qaeda, "não é matar, mas causar uma hemorragia na indústria aeronáutica, vital para o comércio e o transporte entre EUA e Europa". A publicação também revela que a equipe que preparou a bomba condicionou o êxito da operação a que os pacotes conseguissem ultrapassar os dispositivos de segurança mais modernos e obrigassem o "Ocidente a investir bilhões de dólares em novas medidas de segurança".

"Tivemos êxito no primeiro e agora estamos sendo testemunhas do começo do segundo", acrescenta a revista, que adverte que a Al Qaeda continuará com o envio de pacotes similares. "É um boa oportunidade para semear o medo entre os inimigos e mantê-los em alerta, em troca de alguns meses de trabalho e poucos dólares", acrescenta.

EFE   
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