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América Latina

Acnur pede à América Latina que ajude Equador com refugiados

11 nov 2010 - 16h09
(atualizado às 16h14)
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O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) pediu nesta quinta-feira aos países da América Latina que ajudem o Equador, país que, segundo estimativas, abriga cerca de 135 mil colombianos que fugiram do conflito interno em seu país.

"O Equador é um país pequeno em território, mas um gigante da solidariedade", declarou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, ao inaugurar um seminário sobre refugiados organizado em Brasília pelo Acnur, por conta do 60º aniversário da fundação do Comissariado, que é uma agência humanitária da ONU.

O diretor da Divisão de Proteção Internacional do Acnur, Volker Turk, declarou que o Equador acolheu cerca de 53 mil colombianos como refugiados, mas apontou que, além disso, abriga cerca de 80 mil deslocados, que também requerem atenção.

Nesse sentido, Turk pediu aos países da América Latina para reafirmarem o apoio ao plano de ação assinado por 18 nações no México, em 2004, mediante o qual a região assumia um maior compromisso com o amparo a refugiados.

Segundo os dados do Acnur, há um total de 3.758.127 colombianos deslocados, entre internos e externos, dos quais 104.338 obtiveram o status formal de refugiados em outros países, na grande maioria no Equador.

Há também, ainda de acordo com a agência da ONU, 400 mil nascidos na Colômbia espalhados entre os vizinhos Panamá, Peru e Venezuela.

No caso do Brasil, Barreto detalhou que atualmente residem no país 592 refugiados colombianos, dos quais 255 foram acolhidos em programas de assentamento que lhes dão direito a residência e representam, segundo o Acnur, "uma solução duradoura, segura e viável".

Para o ministro, os países da América do Sul devem fazer um maior esforço para colaborar com o Equador e assentar um maior número de refugiados, pois, por ficarem próximo da Colômbia, são o destino ideal para aquelas pessoas que fogem de situações conflituosas, mas sempre com a esperança de voltar.

"Ninguém se transforma em refugiado porque quer", apontou Barreto.

O representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramírez, comentou que um dos grandes desafios da comunidade internacional é conseguir uma solução para a situação dos refugiados, mas também de apátridas e das migrações em geral.

Entre refugiados em outros países, deslocados internos, solicitantes de asilo e apátridas, ainda conformo o Comissariado, havia no mundo até o fim de 2009 aproximadamente 43 milhões de pessoas vítimas de conflitos e perseguição.

EFE   
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