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Ásia

EUA não podem impor solução na Caxemira, diz Obama

8 nov 2010 - 08h22
(atualizado às 09h53)
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O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que os Estados Unidos não podem impor uma solução sobre a disputada região da Caxemira ou sobre qualquer outro conflito entre Índia e Paquistão, durante sua visita de Estado a Nova Délhi.

Obama caminha no tapete vermelho do Rashtrapati Bhavan, casa do presidente indiano, em Nova Délhi
Obama caminha no tapete vermelho do Rashtrapati Bhavan, casa do presidente indiano, em Nova Délhi
Foto: AP

"Acredito que Paquistão e Índia têm interesse em reduzir suas tensões" bilaterais, declarou Obama, respondendo a uma pergunta sobre a Caxemira em uma entrevista coletiva na capital indiana, depois de se reunir com o primeiro-ministro Manmohan Singh.

"Mas os Estados Unidos não podem impor uma solução para estes problemas". Desde sua independência, em 1947, Índia e Paquistão já lutaram três guerras, duas delas pela Caxemira, região fronteiriça que tem dois terços controlados por Nova Délhi; os dois países, no entanto, clamam a totalidade de seu território.

Obama já havia feito um apelo no domingo para que as duas potências vizinhas trabalhem juntas para resolver suas disputas, destacando que Nova Délhi tem muito a ganhar se seu vizinho e rival tiver êxito no combate ao extremismo islâmico.

No domingo, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, lamentou que a Índia não esteja respondendo "de maneira positiva" à "abertura" do Paquistão no processo de paz entre ambos. O governo paquistanês "se esforçou em sua abertura de paz à Índia", declarou Zardari, citado em um comunicado da presidência.

"Seria muito difícil que (a Índia) recebesse nossas iniciativas e respondesse a elas de maneira positiva", indicou, sem especificar quais seriam estas iniciativas.

O presidente paquistanês voltou a admitir que os ataques coordenados de novembro de 2008 em Mumbai, atribuídos pela Índia a um comando islamita treinado e equipado no Paquistão, "minaram os esforços de paz", mas destacou que "o Paquistão coopera para encontrar e levar à justiça aqueles que o perpetraram".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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