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Estados Unidos

Republicano vê possível paralisação de governo dos EUA

7 nov 2010 - 18h13
(atualizado às 20h45)
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Um dos principais líderes republicanos não descartou a possibilidade de uma paralisação do governo dos EUA no próximo ano com os crescentes déficits federais, mas afirmou que se isso ocorrer, o presidente Barack Obama será o responsável.

Membro da Câmara dos Deputados, o republicano Whip Eric Cantor disse que cabe a Obama trabalhar com os republicanos, uma vez que eles venceram as eleições para a Casa na semana passada, prometendo cortar gastos e encolher o governo.

Em sua participação no programa Fox News Sunday, Cantor se concentrou em Obama quando questionado se os republicanos poderiam fornecer garantias de que não iriam emperrar o governo em um confronto com a Casa Branca, interrompendo todos os serviços com exceção dos essenciais para milhões de americanos.

"O presidente tem uma responsabilidade igual ou maior que a do Congresso em assegurar que vamos continuar a funcionar de uma forma que o povo quer", disse Cantor. "Este presidente, certamente, como em suas próprias palavras, tomou um golpe dos eleitores" na eleição de terça-feira, que deu a maioria na Câmara aos republicanos e reduziu a maioria democrata no Senado.

"É hora de ele vir nos convencer e dizer, ''Bem, vamos voltar para o tipo de coisa que os americanos querem. É viver dentro de nossas possibilidades", disse Cantor. Como líder da maioria, Cantor é o número 2 do partido, atrás apenas de John Boehner, que deve ser o novo presidente da Câmara, substituindo Nancy Pelosi.

O déficit orçamentário dos EUA para o ano fiscal que terminou em 30 de setembro foi de US$ 1,3 trilhão, com a dívida dos EUA chegando a US$ 13 trilhões. O Congresso deve decidir no próximo ano se vai aumentar o limite da dívida de US$ 14,3 trilhões. Ao mesmo tempo, se a Casa Branca e o Congresso não concordarem com os planos de novos gastos, poderá haver uma paralisação do governo.

Obama herdou uma recessão profunda, quando tomou posse em janeiro de 2009. Dentro de alguns meses, com colegas democratas no Congresso conseguiu furar uma parede da oposição republicana, e aprovar um pacote de estímulos inédito de US$ 814 bilhões.

A economia está crescendo de novo, mas o desemprego aumentou, atingindo a taxa de 9,6%.

Os republicanos da Câmara pretendem reduzir os gastos em US$ 100 bilhões no próximo ano, empurrando-o de volta aos níveis de 2008, protegendo apenas programas para idosos, militares e veteranos de guerra.

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