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Oriente Médio

Parlamento europeu elogia adiamento da execução de iraniana

3 nov 2010 - 11h40
(atualizado às 13h36)
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O presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, declarou nesta quarta-feira que, caso se confirme o adiamento da execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani, o Irã terá dado um "passo na direção correta".

Execução da iraniana codenada por adultério foi adiada
Execução da iraniana codenada por adultério foi adiada
Foto: AFP

"As autoridades iranianas devem aproveitar esta ocasião para revisar o caso em um julgamento justo e transparente", afirmou Buzek em comunicado.

O presidente do Parlamento Europeu expressou mais uma vez sua oposição à pena de morte de Sakineh e qualificou de "inaceitável" a conduta do regime iraniano.

"A natureza arbitrária deste processo judicial mostra que, em vez de se fazer justiça com base no Estado de Direito, as autoridades no Irã ainda tratam as pessoas como sujeitos, e não como cidadãos", avaliou o político polonês.

Segundo Buzek, a sentença contra Ashtiani representa uma "violação das obrigações do Irã sob o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos", por não cumprir com "os padrões mínimos" no julgamento.

Na mesma linha, o presidente da comissão de Liberdades e Justiça do Parlamento Europeu, Juan Fernando López Aguilar, exigiu que Teerã revogue a condenação de Sakineh e revise o caso.

O político espanhol anunciou que apoiará "todos os mecanismos de pressão" para tentar evitar a execução.

"A morte por apedrejamento é uma pena cruel, desumana e totalmente desproporcional, que não pode ser justificada por nenhum delito. É um sistema que deveria ser abolido no mundo todo", afirmou em comunicado.

Segundo o Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Sakineh não foi executada nesta quarta-feira, mas pode ter a pena aplicada nos próximos dias.

EFE   
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