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Ban Ki-moon responde a críticas de ONG sobre DH na China

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, insistiu nesta quarta-feira em Pequim na necessidade de respeitar os direitos humanos, depois das críticas de várias ONGs por não ter abordado esta questão durante seu encontro com o presidente chinês, Hu Jintao, na

3 nov 2010 - 08h47
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PEQUIM, 3 Nov 2010 (AFP) -O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, insistiu nesta quarta-feira em Pequim na necessidade de respeitar os direitos humanos, depois das críticas de várias ONGs por não ter abordado esta questão durante seu encontro com o presidente chinês, Hu Jintao, na última segunda-feira.

Em um discurso na Escola Central do Partido Comunista Chinês, Ban declarou que "os notáveis progressos (da China) são acompanhados de grandes expectativas e de grandes responsabilidades".

"Ao avançar, reconhecemos que o êxito dos objetivos comuns em termos de direitos humanos no mundo representa mais que uma aspiração, é um fundamento para a paz e a harmonia em nosso mundo moderno", acrescentou.

"O mesmo vale para o respeito à liberdade de expressão e à proteção de seus defensores", destacou o secretário-geral da ONU.

"Os valores inscritos na declaração universal dos direitos humanos são eternos e comuns - e, no entanto, não se materializam em muitos lugares do planeta", concluiu Ban Ki-moon.

O secretário-geral das Nações Unidas reuniu-se na segunda-feira em Pequim com o presidente chinês Hu Jintao, sem aludir ao caso do dissidente preso Liu Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz 2010.

Esta omissão provocou a ira de movimentos de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch (HRW) - para quem "o silêncio de Ban sobre os direitos humanos é particularmente chocante, sobretudo em um momento no qual os defensores dos direitos humanos sofrem ainda mais intimidações do que no passado" na China.

O porta-voz de Ban afirmou que o secretário-geral havia evocado os direitos humanos na China com outros dirigentes do país "quando apropriado".

Após a concessão do Nobel a Liu Xiaobo, Ban se absteve de criticar a China, pronunciando apenas uma declaração bastante comedida, estimando que a atribuição do prêmio era "um reconhecimento do consenso crescente" para uma melhoria do respeito aos direitos humanos.

sst-seb/ap

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