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Eleições nos EUA

Republicanos mantêm favoritismo em eleição nos EUA

1 nov 2010 - 18h33
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O descontentamento dos norte-americanos com a economia deve dar ao Partido Republicano a maioria na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na eleição de terça-feira, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na segunda-feira.

No Senado, segundo o especialista em pesquisas Cliff Young, do Ipsos, os democratas devem manter a maioria, com 52 ou 53 do total de 100 senadores. Na Câmara, segundo essa pesquisa, os republicanos devem ficar com 231 dos 435 deputados (ou 50 por cento dos votos nacionais, contra 44 por cento para os democratas).

O resultado, se confirmado, representará uma grande derrota para o presidente Barack Obama, que teve maioria parlamentar nos seus dois primeiros anos de mandato. É possível que a futura bancada republicana tente reverter parte da principal reforma obtida pelo governo nesse período, envolvendo a saúde pública.

Mas alguns democratas dizem que ele saberá se adaptar. "Ele tem um bom senso de perspectiva sobre o desafio das eleições de meio de mandato e sobre a necessidade de avançar para fazer alguns ajustes e correções. E você verá isso acontecer ao longo das próximas semanas", disse Tim Kaine, presidente do Comitê Nacional Democrata, à rede ABC.

Na opinião de 62 por cento dos entrevistados na pesquisa, o país está indo no rumo errado, e para 47 por cento a economia é o maior problema dos EUA hoje. Metade dos entrevistados acha que a situação econômica piorou no governo Obama, enquanto 26 por cento acham que ela melhorou.

"Isso reconfirma o atual ambiente em que estamos, uma economia ruim que se prolongou", disse Young, do Ipsos. "As pessoas basicamente não estão otimistas com o futuro próximo e vão descontar no partido no poder, especificamente no presidente e na sua administração."

A aprovação a Obama também vem caindo. Só 45 por cento acham que o presidente está fazendo um bom trabalho, enquanto 51 por cento o desaprovam.

Para 52 por cento, Obama não irá se reeleger em 2012. Essa opinião é partilhada por 34 por cento dos que se dizem democratas, e por 75 por cento dos eleitores republicanos.

"É um ambiente ruim para os democratas, mas faltam dois anos para as eleições gerais. É preciso ver esse número com um pé atrás", disse o especialista.

A pesquisa ouviu 1.075 adultos entre os dias 28 e 31 de outubro, sendo 893 eleitores registrados e 654 que disseram ter a intenção de votar. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para toda a amostra, 3,3 pontos para os eleitores registrados, e 3,8 pontos para os que pretendem votar.

(Reportagem adicional de Alistair Bell e Matt Spetalnick)

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