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Ásia

Expo Xangai 2010 termina como a mais visitada da história

31 out 2010 - 18h09
(atualizado às 18h33)
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A Exposição Universal de Xangai 2010, que foi a maior, a mais movimentada e a mais visitada da história, com 5,28 quilômetros quadrados, 239 países e organismos participantes e 73,084 milhões de visitantes, encerrou hoje com uma despedida festiva ao mais puro estilo chinês.

Evento teve 73,084 milhões de visitantes e terminou neste domingo com uma despedida festiva ao mais puro estilo chinês
Evento teve 73,084 milhões de visitantes e terminou neste domingo com uma despedida festiva ao mais puro estilo chinês
Foto: AP

A Expo encheu de artistas, crianças e pessoas os pavilhões do Centro da Cultura da Expo, por onde passaram milhares de pessoas em cerca de uma hora e meia de cerimônia.

O vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, afirmou que a Expo "aproximou a China do resto do mundo", e que a partir de agora "a China é um país mais aberto, mais tolerante, mais moderno e mais desenvolvido, pronto para trabalhar com os demais países do mundo para construir um futuro cada vez mais radiante".

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, declarou encerrado o evento, e a bandeira do Escritório Internacional de Exposições (BIE) foi arriada por soldados que usavam uniforme de gala do Exército chinês, e devolvida ao BIE pelo prefeito de Xangai, Hão Zheng, e pelo diretor do Escritório de Coordenação da Expo 2010, Hong Hao.

Depois foi entregue à prefeita de Milão, sede da Expo Universal de 2015.

Com duas cópias gigantes do Haibao, mascote da Expo em enorme formato de "V", pela "vitória" de ter batido todos os recordes previstos, os chineses finalizaram sua despedida, com confetes e uma multidão sorridente por um evento que transformou a capital econômica.

Foi em 2002 que Xangai, que tinha renunciado pouco antes a sua candidatura olímpica em favor de Pequim, que recebeu os Jogos Olímpicos de 2008, foi selecionada para organizar este ano a primeira Exposição Universal realizada em um país em desenvolvimento.

"Os fatos nos confirmaram que esta Exposição seria uma grande oportunidade para a China e para o mundo", declarou à Agência Efe Vicente González Loscertales, secretário-geral do BIE.

"A Expo de Sevilha foi uma grande oportunidade para os espanhóis", comentou Loscertales, diretor da Expo de 1992 que, junto aos Jogos Olímpicos de Barcelona no mesmo ano, supôs "um grande respaldo internacional" para uma Espanha que demonstrava sua maturidade como país, 17 anos após deixar uma longa ditadura.

A Expo de Sevilha propiciou à Espanha "um grande diálogo com o mundo, mas neste caso acho que as oportunidades mútuas (entre o mundo e a China) são maiores", opinou Loscertales, dada a "grande atividade de troca e cooperação" com a China que todos os participantes aproveitaram para ampliar.

No entanto, apesar dos paralelismos entre os eventos, o crescente peso econômico e político mundial do gigante asiático fez com que seu papel fosse mais o de um país do qual todos querem ser bons amigos.

Quase todos os pavilhões aproveitaram para fortalecer esses laços durante a Expo, o que promoveu "assinaturas de contratos, além de uma aproximação forte do ponto de vista da empresa e da tecnologia", disse Loscertales.

Além disso, Xangai 2010 ofereceu à história das Expos a criação de uma "zona de melhores práticas", neste caso de urbanismo sustentável, que voltará a ser repetido no futuro pelo BIE, apesar de não ter tido um número tão grande de visitantes já que visava um público especializado.

Também houve inovação com a criação de uma "Expo virtual" que possibilitava a visita de todos os pavilhões através da internet, o que abriu "a possibilidade de levar a Exposição milhões de pessoas", elogiou Loscertales.

As novidades voltarão a ser realizadas nas próximas Expos, mas, provavelmente, ninguém poderá igualar os números de 2010 até que o evento volte a ser realizado no gigante asiático.

EFE   
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