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América Latina

Internautas convocam despedida "em massa" a Néstor Kirchner

27 out 2010 - 13h48
(atualizado em 29/10/2010 às 10h50)
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Os argentinos convocaram na internet, nesta quarta-feira, um ato massivo de despedida a Néstor Kirchner, em Buenos Aires. Os internautas planejam se encontrar na Praça de Maio, conhecida por ser palco de manifestações e onde fica a Casa Rosada, sede do Poder Executivo argentino.

Nesta quarta, uma mensagem se multiplicava no site de microblog Twitter: "Retuitem (republiquem) todos convocando à Praça de Maio às 20h. Hoje, mais do que nunca, devemos estar junto a CFK", diz a mensagem, em referência à viúva e atual presidente, Cristina Fernández de Kirchner.

No Facebook, o grupo "Néstor Kirchner, presidente 2011", com mais de 14.600 seguidores, recebia constantes publicações de apoio à presidente da Argentina. Na página "Cristina Fernández de Kirchner", com quase 42 mil seguidores, também se multiplicavam as condolências dos "fãs" da presidente na rede social, enquanto se criavam novos grupos para lamentar a morte do político.

Kirchner, que foi presidente entre 2003 e 2007, morreu nesta quarta aos 60 anos em El Calafate, vítima de problemas cardíacos.

Trajetória

Nascido em 25 de fevereiro de 1950 em Rio Gallegos, na província de Santa Cruz, Patagônia, Néstor Carlos Kirchner teve uma vida dedicada à política. Participou desde cedo de movimentos, fazendo oposição ao governo militar como parte da Juventude Peronista. Chegou à Presidência da Argentina em 2003, fazendo sua mulher como sucessora em 2007.

Considerado um homem público com um caráter implacável frente a seus adversários, Kirchner foi um dos políticos mais influentes do país e um potencial candidato para as eleições de outubro do ano que vem.

No início da década de 70, Kirchner estudou Direito na Universidade Nacional de La Plata. Em 1975, casou-se com Cristina Fernández, também militante do movimento justicialista. Em setembro de 1987, como candidato peronista, Kirchner foi eleito prefeito de Rio Gallegos. O sucesso de sua administração o levou a ser candidato a governador da província, cargo para o qual foi eleito com 61% dos votos em setembro de 1991, sendo reeleito em 1999.

Em 2003, Kirchner saiu em segundo lugar no primeiro turno das eleições, atrás do também peronista Carlos Saúl Menem. Apoiado pelo então chefe do Executivo da Argentina, Eduardo Duhalde, Néstor Kirchner virou o jogo e venceu o ex-presidente Menem, criticado por ter encabeçado um governo marcado por uma forte crise econômica.

Fonte: Terra
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