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Ásia

Sobe para 75 número de mortos pelo ciclone Giri em Mianmar

26 out 2010 - 03h50
(atualizado às 04h05)
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Pelo menos 75 pessoas morreram e dezenas permanecem desaparecidas após a passagem do ciclone Giri pelo oeste de Mianmar, informou nesta terça-feira a publicação dissidente The Irrawaddy.

O temporal tocou terra no sábado passado no estado de Rakhine (antigo Arakan), com ventos sustentados de até 160 km/h e sequências de mais de 200 km/h, de acordo com os serviços de emergência. As chuvas torrenciais foram acompanhadas de ondas gigantes de quase oito metros de altura, que destruíram milhares de casas e dezenas de escolas, templos budistas e navios pesqueiros.

Fontes da Cruz Vermelha Internacional indicaram que dezenas de residentes - sobretudo pescadores - permanecem desaparecidos e os desabrigados precisam urgentemente de água, comida e abrigo, após terem suas casas destruídas. Pelo menos 5 mil pessoas se ficaram desabrigadas em cinco localidades do distrito de Kyaukpyu, onde vivem quase 200 mil birmaneses. Além disso, 75% das casas foram danificadas em uma das zonas mais pobres do país.

Enquanto isso, o aparelho de propaganda da Junta Militar que governa Mianmar desde 1962 continua mantendo silêncio sobre a tragédia e se limita a informar que o ciclone perdeu força até passar a ser uma tempestade tropical.

O regime insiste também que alertou a população com suficiente antecedência. A manipulação da informação e a atitude do Governo birmanês é similar a maio de 2008, quando negou inicialmente a magnitude da tragédia e dificultou a distribuição de ajuda humanitária aos 2,5 milhões de desabrigados pelo ciclone Nargis, que provocou quase 140 mil mortes no delta do rio Irrawaddy.

EFE   
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