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Estados Unidos

Klu Klux Klan realiza ritual público de queima de cruz

24 out 2010 - 12h42
(atualizado às 12h54)
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O grupo Klu Klux Klan realizou na noite do último sábado em Warrenville, no estado americano da Carolina do Sul, uma cerimônia de iniciação que permitiu que o público visse a queima de uma cruz. As informações são do The Augusta Chronicle .

O ritual de queima da cruz foi o primeiro a ser realizado em público em 50 anos
O ritual de queima da cruz foi o primeiro a ser realizado em público em 50 anos
Foto: Reuters

A cerimônia aconteceu em frente à Augusta State University. Duwayne Johnson foi iniciado como Bruxo Imperial de Todos os Cavaleiros Americanos Invisíveis.

O grupo está planejando outra cerimônia depois que 300 manifestantes os acusaram de ódio e racismo. "Nós vamos voltar à Augusta devido ao desrespeito que aconteceu hoje", disse Johnson. "Os manifestantes nunca nos deram a chance de dizer o que tínhamos a dizer".

Johnson disse que convocou a próxima cerimônia porque "as pessoas tentaram transformar isso em uma questão sobre o ódio, mas trata-se de uma questão de direitos constitucionais". A data da próxima cerimônia não foi anunciada.

Antes do início da cerimônia, Johnson insistiu que seus rituais não representam o ódio e que rituais de queima de fogo em cruzes são historicamente conhecidos.

"Nós entendemos que quando as pessoas pensam na Ku Klux Klan elas pensam em ódio e racismo", disse Johnson, "mas nós não acreditamos em ódio, isso é apenas um ritual".

Ele disse que enquanto outros membros da KKK representam o racismo e a supremacia branca, seus Cavaleiros Invisíveis são uma nova era da Klu Klux Klan que defende a tradição.

O grupo está preocupado com a integridade constitucional da reforma do sistema de saúde nacional e com a promoção de ideais políticos, como impedir os imigrantes ilegais de tomar o emprego dos americanos, disse ele.

Johnson afirmou que há pelo menos outros 13 grupos Klan no sul dos EUA com essa mesma mentalidade de uma KKK mais liberal, que não promova a violência ou o ódio.

Do outro lado da rua do local da queima da cruz, Tom Clay, 68 anos, ficou horrorizado com o que seus vizinhos estavam fazendo.

Clay conhece bem a história da Klu Klux Klan porque passou sua infância indo a reuniões do grupo com seu pai. Ele lembra que cruzes gigantes foram incendiadas durante rituais em Stone Mountain, no estado americano da Georgia. Também presenciou espancamentos e ataques a cães no estado do Alabama. "Isso revolta o estômago", disse ele sobre a violência.

Johnson disse que o que o seu grupo pretende é divulgar a nova imagem da KKK. Seus Cavaleiros Invisíveis, que somam 922 membros em nove estados, são "uma nova era de pensamento."

Fonte: Redação Terra
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