Londres condena divulgação de documentos pelo WikiLeaks
O governo britânico "condenou" neste sábado a difusão pelo site WikiLeaks de cerca de 400 mil documentos confidenciais do Exército americano que mostram casos de tortura no Iraque, estimando que "pode representar um risco para a vida das tropas".
"Condenamos qualquer divulgação não autorizada de documentos confidenciais. Isto pode representar um risco para a vida das tropas britânicas e de nossos aliados e tornar a missão das Forças Armadas mais difícil e mais perigosa", informou o ministério britânico da Defesa em um comunicado.
"Não seria apropriado especular sobre os detalhes específicos destes documentos sem mais investigações, enquanto prossegue a investigação sobre o Iraque", disse, referindo-se aos trabalhos de uma comissão independente responsável por determinar as circunstâncias da participação britânica no Iraque junto aos Estados Unidos.
Qualificados pelo WikiLeaks como "os vazamentos (de informação) mais massivos de toda a história do Exército americano", os cerca de 400 mil documentos divulgados na última sexta-feira mostram que o Exército dos EUA "não fez nada" para impedir casos de tortura cometidos pelas forças iraquianas.
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