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Oriente Médio

Hillary condena vazamento de informações sobre guerras

22 out 2010 - 19h53
(atualizado às 21h43)
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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que condena de forma veemente qualquer vazamento de documentos que "coloque em risco vidas americanas ou de seus aliados". Acompanhada seu colega paquistanês, Mahmood Qureshi, Hillary respondeu assim à publicação de documentos sobre a Guerra do Iraque pelo site WikiLeaks (que já divulgou informações semelhantes anteriormente) e que começou a ser adiantada pela rede de televisão árabe "Al Jazira" mostrando a existência de um maior número de vítimas civis e torturas realizadas pelas forças dos EUA.

"Tenho a firme convicção de que devemos condenar nos termos mais claros possíveis a difusão de qualquer informação, por parte de indivíduos ou organizações, que coloque em risco a vida dos soldados ou civis dos EUA e de seus aliados", disse Hillary. A rede de televisão Al Jazira revelou nesta sexta-feira alguns dados recolhidos nos documentos sobre a Guerra do Iraque que iam ser publicados no Wikileaks.

A Al Jazira, que se antecipa à publicação prevista para este sábado dos dados pelo WikiLeaks, assegura que "o número de mortos civis é muito maior que o estipulado oficialmente". Os relatórios documentam, segundo o canal de TV, que após a guerra, iniciada em março de 2003, houve "vários casos de tortura, humilhação e homicídios contra civis por parte das forças iraquianas".

Também registram mais casos de vítimas civis da Blackwater, empresa de segurança que trabalhou na guerra. Além disso, revelam que o Exército dos EUA "ocultou casos de tortura dentro das prisões iraquianas" e que supostamente há relatórios americanos que relacionam o primeiro-ministro iraquiano interino, Nouri al-Maliki, que teria ordenado a formação "de equipes encarregadas de torturar e massacrar".

O Pentágono garantiu nesta sexta que não esperava "grandes surpresas" sobre a grande quantidade de documentos a respeito da Guerra do Iraque que ia ser publicada pelo Wikileaks, mas alertou que as provas poderiam colocar em risco as tropas norte-americanas no país. O site convocou a imprensa, através do Twitter, para uma entrevista coletiva que acontece neste sábado em um lugar da Europa, provavelmente Londres, para divulgar os documentos, naquele que seria o maior vazamento da história dos Estados Unidos.

O Pentágono considera que os documentos que podem ser divulgados, cerca de 400 mil, são relatórios de campo sobre a Guerra do Iraque, conhecidos como "Significant Activities" ou Sigacts, em jargão militar. Caso sejam confirmadas as expectativas, o vazamento seria muito maior que o protagonizado pelo próprio Wikileaks, em julho, quando foram publicados 92 mil relatórios secretos das Forças Armadas dos EUA sobre o Afeganistão.

O Wikileaks é um site independente, atualmente com sede na Suécia, que permite a publicação anônima de dados e documentos confidenciais de empresas, governos e instituições.

EFE   
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