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Oriente Médio

WikiLeaks: EUA sabiam e não investigaram torturas no Iraque

22 out 2010 - 19h08
(atualizado às 20h34)
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Os Estados Unidos tomaram conhecimento, mas não investigaram alguns casos de abusos e torturas cometidos por soldados e policiais iraquianos contra presos, segundo documentos secretos vazados na internet sobre a Guerra do Iraque. Esses relatórios constatam, segundo a emissora árabe, que após a guerra, iniciada em março de 2003, se produziram "numerosos casos de tortura, humilhação e homicídios contra civis por parte das forças iraquianas".

Também se registram "mais casos de vítimas civis da (antiga empresa de segurança) Blackwater". Além disso, os documentos revelam que o exército dos EUA "ocultou casos de tortura dentro das prisões iraquianas" e que supostamente há relatórios americanos que envolvem o primeiro-ministro iraquiano interino, Nouri al-Maliki, em ordenar a formação "de equipes encarregadas de perpetrar torturas e massacres".

O conteúdo do bloco de 400 mil documentos, antecipado em parte pela imprensa mundial, deve ser divulgado em sua totalidade pelo site "Wikileaks" nas próximas horas. O site convocou a imprensa, por meio do Twitter, para uma entrevista coletiva no próximo sábado em um lugar da Europa, presumivelmente Londres, para completar a divulgação dos documentos, no que seria o maior vazamento da história americana.

Informações preliminares dão conta de que as forças dos EUA no Iraque foram informadas sobre práticas como chicotadas e queimaduras com cigarros, mas as teriam recebido de forma omissa, embora tenham investigado algumas.

Massacre de civis

Ao menos 109 mil pessoas, 63% civis, morreram no Iraque do início da invasão americana, em março de 2003, até o final do conflito, em 2009, segundo documentos secretos divulgados nesta sexta-feira pela rede de televisão Al Jazeera, baseados em informações do site WikiLeaks. A informação adiantada pela emissora, que se antecipa à prevista publicação no próximo sábado destes dados por parte do WikiLeaks, afirma que "o número de mortos civis é muito maior do que se estipula oficialmente".

Segundo os relatórios, das 109.032 mortes, 66.081 são civis, 23.984 são os inimigos (rotulados como insurgentes), 15.196 são das forças do governo iraquiano e 3.771 são das forças de coalização. A WikiLeaks aponta ainda que, de acordo com os documentos, 31 civis morreram diariamente durante os seis anos de conflito.

Com informações de agências internacionais

Fonte: Redação Terra
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