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Oriente Médio

WikiLeaks: mortes de civis é maior do que divulgada pelos EUA

22 out 2010 - 18h56
(atualizado às 20h19)
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Ao menos 109 mil pessoas, 63% civis, morreram no Iraque do início da invasão americana, em março de 2003, até o final do conflito, em 2009, segundo documentos secretos dos Estados Unidos divulgados pela rede de televisão Al Jazeera de acordo com informações do site WikiLeaks. A informação adiantada pela Al Jazeera , que se antecipa à prevista publicação no próximo sábado destes dados por parte do WikiLeaks, afirma que "o número de mortos civis é muito maior do que se estipula oficialmente".

Segundo os relatórios, das 109.032 mortes, 66.081 são civis, 23.984 são os inimigos (rotulados como insurgentes), 15.196 são das forças do governo iraquiano e 3.771 são das forças de coalização. A WikiLeaks aponta ainda que, de acordo com os documentos, 31 civis morreram diariamente durante os seis anos de conflito.

Em comparação, o "Diário de Guerra do Afeganistão, divulgado anteriormente pela WikiLeaks, cobrindo o mesmo período que no Iraque, aponta que as mortes chegaram a cerca de 20 mil pessoas. Ou seja, conforme o site, a guerra iraquiana foi cinco vezes mais letal, mesmo com as populações sendo equivalentes.

A emissora revelou alguns dados contidos nos documentos sobre a Guerra do Iraque que o site WikiLeaks pretende divulgar e que indicam a existência de um maior número de vítimas civis e o encobrimento de casos de tortura por parte dos Estados Unidos.

Esses relatórios constatam, segundo a emissora árabe, que, após a guerra, iniciada em março de 2003, se produziram "numerosos casos de tortura, humilhação e homicídios contra civis por parte das forças iraquianas".

Também se registram "mais casos de vítimas civis da (antiga empresa de segurança) Blackwater".

Além disso, os documentos revelam que o exército dos EUA "ocultou casos de tortura dentro das prisões iraquianas" e que supostamente há relatórios americanos que envolvem o primeiro-ministro iraquiano interino, Nouri al-Maliki, em ordenar a formação "de equipes encarregadas de perpetrar torturas e massacres".

O Pentágono ressaltou nesta sexta-feira que não esperava "grandes surpresas" da grande quantidade de documentos sobre a Guerra do Iraque, que o WikiLeaks publicaria, mas alertou que eles poderiam pôr em perigo as tropas norte-americanas nesse país.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou nesta sexta-feira "nos termos mais claros possíveis" qualquer vazamento de documentos que "ponha em perigo vidas americanos ou de seus aliados".

O site convocou a imprensa, por meio do Twitter, para uma entrevista coletiva no próximo sábado em um lugar da Europa, presumivelmente Londres, para divulgar esses documentos, no que seria o maior vazamento da história dos Estados Unidos.

O Pentágono destaca que os documentos, cerca de 400 mil, são relatórios de campo sobre a Guerra do Iraque, conhecidos como "Significant Activities" (Atividades Significativas) - ou SIGACTs, em jargão militar.

Se de fato ocorrer, o vazamento seria muito maior que aquele já feito pelo WikiLeaks em julho, quando foram publicados 92 mil relatórios secretos das Forças Armadas dos EUA sobre o Afeganistão.

Com informações das agências internacionais.

Fonte: Redação Terra
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