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América Latina

Chile enviará cápsulas Fênix a Santiago, Copiapó e Expo Xangai

17 out 2010 - 14h33
(atualizado às 14h43)
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Direto do Chile

As autoridades chilenas traçaram o destino turístico que as três cápsulas Fênix, fabricadas pela Marinha do Chile para resgatar os 33 mineiros que ficaram enclausurados na mina San José, em Copiapó, tomarão nos próximos dias. Uma das cápsulas permanecerá em Copiapó, a outra será levada para a Expo Xangai, na China, enquanto a Fênix II - a que foi utilizada em todas as descidas até o refúgio a quase 700 m de profundidade - será exibida no Plaza de la Ciudadanía, em frente ao Palácio de La Moneda, em Santiago.

Resgate no Chile teria custado US$ 22 milhões:

O objetivo é que a estrutura seja apresentada ao público por tempo indeterminado na capital chilena antes de ser enviada ao Museu de Minas. Pintada em vermelho, branco e azul, as cores da bandeira chilena, a cápsula é apenas um pouco mais larga do que os ombros de um homem e parece ser um foguete espacial em miniatura - tem 4 m de comprimento e 53 cm de diâmetro.

Uma grua foi usada para descer e içar a Fênix através do estreito duto de 622 m de profundidade escavado para o resgate. Com alguns amassados e o revestimento sujo e arranhado pelo atrito com a rocha escavada, a cápsula desceu ao fundo da mina e subiu de volta à superfície 78 vezes, um trajeto de ida e volta para cada mineiro e outros seis para os socorristas que foram prepará-los para sair.

O nome da cápsula foi escolhido pelas autoridades em alusão ao mito da ave Fênix, que renasceu das cinzas. Em seu interior, os mineiros contavam com balões de oxigênio, um sistema de monitoramento de sinais vitais e outro para medir a saturação de oxigênio, além de um rádio para comunicação.

Desmoronamento

Em 5 de agosto, um desmoronamento na mina San José, em Copiapó, deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria a quase 700 m de profundidade. Após 17 dias, as equipes de resgate conseguiram contato com o grupo e descobriram que estavam todos vivos por meio de um bilhete enviado à superfície. A partir daí, começou a operação para retirá-los da mina em segurança.

A escavação do duto que alcançou os mineiros durou 33 dias. O processo terminou no dia 9 de outubro, sábado, quando os martelos das perfuradoras chegaram até o abrigo onde eles estavam. Concluída esta etapa, as equipes de resgate decidiram revestir o duto - ainda que parcialmente - para aumentar a segurança antes de retirá-los. Este trabalho terminou no domingo pela manhã.

Depois de muitos testes, o esforço final de resgate teve início às 23h19 de terça-feira, 12 de outubro, quando a cápsula desceu pela primeira vez ao refúgio dos mineiros carregando o socorrista Manuel González - e durou menos de 24 horas. Os trabalhos terminaram às 21h55 da quarta-feira, dia 13. A missão durou pouco menos da metade do tempo estimado pelas autoridades, que era de 48 horas.

Os trabalhadores foram içados dentro da cápsula Fênix II, que tem 53 cm de diâmetro. Durante todo o percurso de subida, eles tinham suas condições de saúde monitoradas, usaram tubos de oxigênio e se comunicaram com as equipes da superfície por meio de microfones instalados nos capacetes.

Com informações de agências internacionais

Fonte: Terra
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