Cúpula árabe discute relações entre Israel e Palestina
A cúpula extraordinária da Liga Árabe começou neste sábado na cidade líbia de Sirte com o cenário de fundo da estagnação das negociações diretas entre israelenses e palestinos após a rejeição de Israel de prolongar a moratória sobre a colonização nos assentamentos.
O comitê de acompanhamento da Iniciativa de Paz Árabe - integrado pelos ministros de Assuntos Exteriores e que se reuniu ontem em Sirte com o presidente palestino, Mahmoud Abbas - deu prazo de um mês à Administração americana para tentar relançar as negociações de paz.
Os ministros ressaltaram que não haverá negociação direta com Israel se não ocorrer interrupção das atividades de colonização nos territórios palestinos ocupados.
Além disso, indicaram que se reunirão novamente dentro de um mês para estudar as alternativas e analisar se as negociações não serão retomadas, entre as quais estaria o pedido árabe para que o Conselho de Segurança da ONU condene os assentamentos israelenses.
Além do delicado momento da questão palestina, a cúpula de Sirte será centrada na promoção da ação comum através da reestruturação da Liga Árabe, e na política de vizinhança e relação regional.
Outra cúpula entre os países árabes e africanos está prevista para amanhã, em Sirte, a segunda deste tipo realizada depois da realizada no Cairo em 1977.
Esta reunião, sob o lema Cooperação afro-árabe: em direção a uma nova associação estratégica, pretende dar um novo impulso às relações políticas, econômicas e comerciais entre os árabes e os países subsaarianos.
Os 34 dirigentes que estão previstos participar examinarão as estratégias de associação e cooperação árabe-africana e tentarão elaborar um plano de trabalho para desenvolvê-las.
O programa prevê abordar cinco prioridades: a cooperação política, financeira e econômica, sociocultural, a paz e a segurança, e a agricultura e o desenvolvimento da segurança alimentar.
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