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América Latina

OEA se reúne emergencialmente para tratar crise no Equador

30 set 2010 - 16h42
(atualizado às 18h33)
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O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou uma reunião extraordinária com o objetivo de aprovar um projeto de resolução para "respaldar decididamente o governo constitucional" do Equador.

Rafael Correa recebe ajuda de assessores ao ser atacado após discursar em regimento do exército durante protestos
Rafael Correa recebe ajuda de assessores ao ser atacado após discursar em regimento do exército durante protestos
Foto: Reuters

A reunião começou às 15h hora local (16h05 horário de Brasília) e congregou representantes dos países-membros da organização, em um encontro convocado por ocasião dos protestos de policiais e militares no país andino.

O projeto de resolução pretende "repudiar qualquer tentativa de alterar a institucionalidade democrática no Equador" e fazer "um enérgico chamado à polícia do país e aos setores políticos para que se evite qualquer ato de violência que possa gerar uma situação de instabilidade política".

A reunião começou com uma exposição dos fatos ocorridos nas últimas horas no Equador por parte de sua embaixadora na OEA, María Isabel Salvador, que assegurou que os atos "não podem, de forma alguma, ser considerados como simples atos de protesto público". O governo do Equador declarou estado de exceção no país, depois que os policiais que reivindicam seus benefícios salariais tomaram a Assembleia Geral.

Protestos

Os distúrbios registrados no Equador tem origem na recusa dos militares em aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente Rafael Correa para ajustar os custos do Estado. As medidas preveem a eliminação de benefícios econômicos das tropas. Além disso, o presidente também considera a dissolução do Congresso, o que lhe permitiria governar por decreto até as próximas eleições, depois que membros do próprio partido de Correa, de esquerda, bloquearam no legislativo projetos do governante.

Isso fez com que centenas de agentes das forças de segurança do país saíssem às ruas da capital Quito para protestar. O aeroporto internacional chegou a ser fechado. No principal regimento da cidade, Correa tentou abafar o levante. Houve confusão e o presidente foi agredido e atingido com bombas de gás. Correa precisou ser levado a um hospital para ser atendido. De lá, disse que há uma tentativa de golpe de Estado. Foi declarado estado de exceção. Mesmo assim milhares de pessoas saíram às ruas da cidade para apoiar o presidente equatoriano.

EFE   
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