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América Latina

"Mono Jojoy", o sanguinário membro do secretariado das Farc

23 set 2010 - 13h19
(atualizado às 13h53)
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O líder da guerrilha das Farc, Victor Julio Suárez Rojas, conhecido como "Mono Jojoy" ou Jorge Briceño, será lembrado como um dos mais sanguinários comandantes insurgentes.

"Mono Jojoy" (à esq.) era conhecido por sua habilidade de fugir das autoridades
"Mono Jojoy" (à esq.) era conhecido por sua habilidade de fugir das autoridades
Foto: AFP

Jorge Briceño Suárez nasceu em 5 de fevereiro de 1953 em Cabrera, Cundinamarca. Atualmente era o comandante do bloco oriental das Farc, o comandante das operações militares e membro do secretariado do grupo guerrilheiro.

"Jojoy" era descrito pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por organizações como a OEA e a ONU como um dos comandantes do grupo terrorista das Farc.

Briceño entrou para a guerrilha em 1975 como um guerrilheiro e, gradualmente, trilhou seu caminho até o comando do esquadrão, se tornando um membro do alto escalão do secretariado das Farc.

O líder guerrilheiro tinha pelo menos 62 mandados de prisão, 12 medidas de segurança, cinco condenações, dois pedidos de extradição e 25 investigações preliminares sob a acusação de tráfico de drogas, terrorismo, rebelião, homicídio com fins terroristas, sequestro, extorsão, entre outros.

Ele foi acusado de ter ordenado o sequestro de personalidades políticas, entre elas a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, além do assassinato da família Turbay Cote, ocorrido a poucos quilômetros da zona desmilitarizada, aparentemente por iniciativa da própria Frente XIV das Farc.

Além disso ele foi acusado da morte dos missionários americanos Stephen Wells e Evert Timothy Van Dick e do ex-senador José Raimundo Sojo Zambrano. Se relacionam a "Mono Jojoy" os sequestros do ex-prefeito de Bogotá Julio César Sánchez e do industrial Carlos Upegui Zapata.

Chefe militar das Farc

"Mono Jojoy" também é conhecido como chefe militar das Farc. Por ordens suas foram realizados os mais sangrentos ataques contra civis e forças de segurança.

Era considerado como um dos guerrilheiros mais radicais da ala militar do grupo, pois deu a ordem para a demissão de prefeitos e funcionários de municípios da Colômbia, alertando que quem não se demitisse seria sequestrado ou executado.

Recentemente, o departamento de Estado americano havia oferecido uma recompensa de até US$ 5 milhões por informações que levassem à sua captura ou morte. Já o governo colombiano mantinha uma recompensa de um bilhão de pesos para a captura do líder guerrilheiro.

Fonte: Terra
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