Irã acusa "grupos antirrevolucionários" por atentado em Teerã
O Irã responsabilizou nesta quarta-feira grupos contrários à Revolução Islâmica pelo atentado a bomba que deixou hoje dez mortos e cerca de 50 feridos durante um desfile militar na localidade de Mahabad, no noroeste do país.
"Trata-se de uma ação vil, obra de membros de grupos antirrevolucionários que se infiltraram entre os presentes", denunciou o governador-geral da província, Vahid Jalalzadeh, citado pela agência de notícias local Mehr.
Entre os mortos não há militares, todas as vítimas são civis que assistiam ao desfile - um dos muitos com os quais se iniciavam hoje em todo o país os atos de comemoração do fim da Guerra Irã-Iraque (1980-1988).
Jalazadeh evitou identificar os supostos autores e não quis fornecer mais detalhes sobre a expressão "grupos antirrevolucionários", que o Irã costuma usar tanto para se referir à oposição no exílio quanto aos movimentos separatistas armados de curdos no noroeste e de sunitas baluches no sudeste.
De acordo com o site da televisão estatal Irib, a causa da explosão foi uma "bomba acionada com temporizador" que explodiu às 10h20 local (3h50 de Brasília) enquanto cidadãos e autoridades locais assistiam ao desfile.
Foi o atentado o mais grave ocorrido nos últimos anos nesta região do país. Até o momento, nenhum grupo se atribuiu a autoria do atentado.