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América Latina

Cuba reivindica nova ordem econômica e política mundial

21 set 2010 - 13h40
(atualizado às 14h13)
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Cuba afirmou hoje na ONU que só através de "uma nova ordem política e econômica mundial" será possível conseguir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no ano 2015.

Em Cuba, as metas previstas na Declaração do Milênio "foram cumpridas praticamente em sua totalidade, e em alguns casos superadas amplamente. Nosso compromisso ultrapassa as fronteiras do país e permitiu contribuir ao desenvolvimento social de outras nações do Terceiro Mundo", afirmou o ministro de Exteriores, Bruno Rodríguez.

Em seu discurso no segundo dia da Cúpula sobre os ODM, disse que os avanços no desenvolvimento em seu país são "um êxito conseguido apesar do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto ao povo cubano, durante meio século, pelo Governo dos Estados Unidos".

Rodríguez louvou "os altos índices (de desenvolvimento) alcançados pela Revolução Bolivariana" na Venezuela, graças a "profundas políticas sociais desenvolvidas pelo presidente (Hugo) Chávez".

O chanceler cubano citou "significativos progressos" nas metas de desenvolvimento marcadas pela ONU há dez anos, na Bolívia, Nicarágua, Equador e Brasil, assim como avanços nos Estados-membros da Comunidade do Caribe (Caricom).

"Os níveis de cooperação e integração solidários na Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) foram um fator positivo", disse.

No entanto, o ministro cubano afirmou que esses progressos não dependeram da ajuda internacional dos países desenvolvidos, "a que é quase inexistente, nem de mudanças positivas na ordem econômica global, que continua sendo sumamente injusto e depredador, a favor dos países ricos".

Bruno Rodríguez disse que os mercados das economias mais avançadas permanecem restringidos para as exportações dos países pobres e que a dívida externa segue multiplicando-se.

Enquanto isso, disse, "a desregulação e a corrupção financeira nos países desenvolvidos provocou uma crise global com consequências especialmente negativas para as economias subdesenvolvidas."

O chanceler cubano criticou que enquanto não se alcança o compromisso de destinar 0,7% do Produto Interno Bruto dos países ricos como Assistência Oficial ao Desenvolvimento, a despesa militar ascende ao número de US$ 1,4 trilhão, que representa 2,4% do PIB mundial.

A Organização das Nações Unidas "trairá sua razão de ser se não tomar consciência destas realidades e atuar como agora", afirmou.

EFE   
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