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Oriente Médio

Soldados americanos acusados de matar civis afegãos por esporte

19 set 2010 - 12h38
(atualizado às 13h23)
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Um grupo de soldados americanos foi acusado de matar civis afegãos por esporte, segundo matéria deste domingo no jornal The Washington Post, que cita documentos do exército e entrevistas com pessoas envolvidas no caso.

A publicação afirma que o caso envolve membros da 5ª. brigada de combate da 2ª. divisão de infantaria do exército americano posicionada no Afeganistão.

A brincadeira macabra dos soldados teria começado no último inverno, quando um afegão se aproximou de um soldado na localidade de La Mohammed Kalay. À medida que o homem se aproximava, o soldado criou tumulto para dar a impressão que estava sob ataque. Seus companheiros abriram fogo e mataram o afegão.

De acordo com o Post, o ataque não provocado aconteceu em 15 de janeiro passado e foi o início de uma série de fatos parecidos, que constituem uma das piores acusações já feitas contra o soldados americanos desde a invasão do país em 2001.

Membros do pelotão também foram acusados de desmembrar suas vítimas e fotografar os corpos, além de exibir crânios e outros ossos humanos como se fossem troféus.

O pai de um soldado afirma que tentou repetidamente alertar o exército depois que seu filho lhe contou sobre o primeira assassinato, mas que as autoridades não quiseram dar atenção.

Os documentos militares, no entanto, afirmam que os cinco membros da unidade protagonizaram, no total, três matanças na província de Kandahar, entre janeiro e maio. Sete outros soldados foram acusados com crimes relacionados ao caso, incluindo tentativas de impedir a investigação e atos de retaliação contra os colegas contrários aos fatos.

Os oficiais do exército não proporcionaram um motivo para as mortes, segundo o relatório. Mas entrevistas com pessoas ligadas à investigação sugerem que as mortes foram cometidas puramente por esporte por parte de soldados alcoolizados e drogados.

Os soldados envolvidos negam todas as acusações, acrescenta o jornal.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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