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Mundo

Zelaya é nomeado deputado de Honduras em Parlacen

17 set 2010 - 20h49
(atualizado às 22h44)
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O ex-líder hondurenho Manuel Zelaya, destituído em junho de 2009, foi juramentado nesta sexta-feira na capital guatemalteca como deputado de pleno direito do Parlamento Centro-Americano (Parlacen) em representação de Honduras. "O senhor está empossado no cargo de deputado do Parlamento Centro-Americano", que corresponde ao de ex-presidente constitucional da República de Honduras, disse no ato de posse o presidente do Parlacen, o nicaraguense Jacinto Juárez.

Manuel Zelaya (dir.), destituído em junho de 2009, foi juramentado como deputado de pleno direito do Parlamento Centro-Americano
Manuel Zelaya (dir.), destituído em junho de 2009, foi juramentado como deputado de pleno direito do Parlamento Centro-Americano
Foto: AFP

O ato de Zelaya ocorreu de forma surpreendente na sede do Parlacen, no sul da capital guatemalteca, na presença do ex-presidente panamenho Martín Torrijos e de diplomatas. Zelaya chegou esta tarde à Guatemala procedente da Nicarágua, onde manteve uma reunião com o presidente desse país, Daniel Ortega, e com representantes dos partidos de esquerda da América Central que apoiaram sua receita ao Parlacen.

"Agradeço aos diretores do Parlacen por me empossarem como deputado de pleno direito porque este ato representa um reconhecimento à instituição e ao Estado de direito de Honduras", assinalou. Zelaya disse que seguirá na República Dominicana, onde vive exilado na qualidade de "hóspede distinto", e indicou que voltará a Honduras só quando "terminar a impunidade, houver respeito à liberdade de imprensa, aos direitos humanos e se restitua o sistema democrático".

Revelou que apesar de que agora, como deputado do Parlacen, gozar de imunidade judicial, não fará uso disso para evadir a justiça em seu país, já que considerou que não cometeu nenhum delito. "Ninguém pode fugir da justiça, mas é que em Honduras não há justiça. Sempre estive disposto a que investiguem o que quiserem", justificou o ex-governante.

Zelaya garantiu que não vai interferirá para que o Parlacen modifique sua posição a respeito da solicitação feita meses atrás à comunidade internacional para que reconheça ao Governo de Porfirio Lobo. "O plano de reconciliação nacional eu o coloquei e foi retomado pela OEA, mas o Governo (de Lobo) não aceitou as sugestões da OEA", indicou.

O Parlacen é formado por 20 deputados de cada um dos países-membros escolhidos de forma democrática, mais os ex-presidentes e vice-presidentes, que são integrados ao fórum regional por um período de cinco anos de forma automática ao entregarem seus cargos.

EFE   
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