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Mundo

Estrangeiros sequestrados no Níger são levados ao norte de Mali

17 set 2010 - 17h44
(atualizado às 19h23)
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Os sete funcionários das empresas francesas Areva e Satom sequestrados na quarta-feira no norte do Níger, entre eles cinco franceses e dois africanos, foram levados pelos sequestradores ao norte do país vizinho Mali, informaram à Agência Efe fontes de segurança em Niamey.

Apesar de forças do Exército nigerino terem ocupado o norte do país na quinta-feira para evitar que eles cruzassem a fronteira, os sequestradores conseguiram levar os reféns à vasta zona desértica do norte de Mali, onde a organização terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) costuma esconder os ocidentais que captura, segundo as mesmas fontes.

Os sete funcionários das companhias francesas foram sequestrados na noite da última quarta-feira na região de Arlit, onde está localizada a mina de urânio explorada pela companhia nuclear Areva e na qual a Satom (filial da companhia de construção e concessões Vinci) atua como terceirizada.

A Areva, que tem cerca de 2.500 funcionários no Níger, informou que dois dos capturados trabalham para a empresa.

Além dos cinco franceses, foram capturados um cidadão de Togo e um do Madagáscar, segundo fontes de segurança nigerinas.

Embora a autoria do sequestro ainda não tenha sido reivindicada, todos os indícios apontam para a AQMI, que nos últimos meses realizou inúmeras ações deste tipo na região do Sahel - faixa desértica na África entre o Saara e as terras mais férteis ao sul.

Os últimos estrangeiros que foram sequestrados pela Al Qaeda no Magrebe Islâmico antes deste caso foram os voluntários espanhóis Roque Pascual e Albert Vilalta da organização não-governamental Barcelona Acció Solidaria e que foram libertados em 23 de agosto.

O francês Michel Germaneau, de 78 anos, sequestrado também no norte de Níger, foi assassinado no final de julho, dias após a França realizar uma operação militar conjuntamente com a Mauritânia contra a organização terrorista para tentar libertá-la.

EFE   
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