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Mundo

Enviado dos EUA defende paz total no O.Médio

17 set 2010 - 15h30
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O enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, defendeu hoje em Beirute o estabelecimento da paz total na região, "apesar dos desafios, dos obstáculos, e das numerosas dificuldades".

Mitchell, que chegou ontem à noite a Beirute, declarou que o Líbano é uma "peça-chave para uma paz total no Oriente Médio", para a qual trabalha o presidente americano, Barack Obama, de acordo com a Iniciativa de Paz Árabe, de 2002.

Durante sua passagem por Beirute, o enviado americano se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, o chefe do Parlamento, Nabih Berri, e o ministro da Defesa, Elias Murr.

Mitchell disse que o objetivo de sua visita foi informar o presidente do Líbano sobre a evolução do diálogo entre palestinos e israelenses e discutir com os líderes libaneses e representantes da ONU a aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

Esse texto pôs fim à guerra entre Israel e o Hisbolá, que em 2006 deixou 1.200 mortos libaneses, a maioria civis, e 174 israelenses, a maior parte deles militares, em apenas 34 dias.

Mitchell assinalou que uma paz integral na região deve incluir não só palestinos e israelenses, mas também a plena normalização da diplomacia entre Israel e seus vizinhos, que também foi estipulada na Iniciativa de Paz Árabe.

"Estamos cientes dos desafios, dos obstáculos e das numerosas dificuldades. Sabemos que a tarefa é difícil, mas sem a alternativa da paz seria pior", disse Mitchell às autoridades libanesas, segundo o comunicado oficial.

"Os EUA têm um grande respeito pela soberania do Líbano e seu importante papel para uma paz total. Como afirmei em outras ocasiões, não apoiamos o assentamento forçado dos refugiados palestinos no país", acrescentou Mitchell, em alusão a uma possibilidade que é rejeitada de modo categórico pelos libaneses.

Um comunicado da Presidência libanesa também mencionou este ponto e assegurou que Suleiman insistiu com Mitchell sobre a rejeição do assentamento definitivo dos refugiados palestinos no Líbano. O presidente também pediu à Casa Branca para não resolver o problema do Oriente Médio às custas do Líbano.

Mitchell, segundo o comunicado da embaixada americana, também reiterou às autoridades de Beirute o apoio dos EUA ao Exército libanês.

"As Forças Armadas constituem um símbolo da unidade do Líbano e mantêm as esperanças e aspirações do povo libanês", disse Mitchell, que não fez declarações à imprensa durante sua visita a Beirute.

EFE   
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