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Europa

Eleições na Suécia devem fortalecer ainda mais a ultradireita

17 set 2010 - 10h09
(atualizado às 10h36)
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Sete milhões de suecos irão às urnas no próximo domingo para escolher o novo Parlamento - que, segundo as pesquisas, levará à reeleição do governo de centro-direita e a um histórico fortalecimento da ultradireita.

O sólido equilíbrio econômico é o principal motivo de orgulho do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt, que, apesar da crise, conseguiu preservar o célebre "modelo sueco", assim como o Estado de bem-estar social.

A campanha eleitoral transcorreu serenamente entre os dois blocos políticos tradicionais da nação: a aliança de centro-direita, no poder há quatro anos, e a oposição dos "rubro-verdes", liderada pelos social-democratas de Mona Sahlin.

Os debates entre as duas forças giraram em torno de questões clássicas, como a redução de impostos, apoiada pela direita, o aumento das várias indenizações prometido pela esquerda, e melhoria da ajuda aos idosos e da qualidade do ensino.

Mas o fato novo nesta campanha, que poderia modificar o equilíbrio político, vem da extrema direita, com o recente fortalecimento do partido Democratas da Suécia (DS), formação chamada por Reinfeld de "xenófoba e populista".

Sua entrada no parlamento, com um resultado que supere o mínimo exigido de 4% dos votos, está a seu alcance, de acordo com as últimas pesquisas. O DS poderia até ser o fiel da balança, caso os dois blocos principais não obtenham no domingo a maioria dos votos.

De acordo com uma pesquisa, o DS pode chegar a até 7,5% das intenções de voto, mais que o dobro do resultado obtido nas últimas eleições (em 2006, conseguiram 2,9%). Este resultado é fruto de uma profunda modificação do partido, representado por um jovem líder, Jimmie Aakesson, que dispensou os emblemas e a linguagem neo-nazista.

Uma outra pesquisa, publicada na quarta-feira pelo jornal Dagens Nyheter, aponta que a Aliança de Centro-Direita, formada pelos partido de Centro e dos Moderados, além de Liberais e Democrata-Cristãos, deve preservar a maioria no parlamento, com 49,8% dos votos, contra 40,9% para a esquerda.

Os social-democratas, que governaram o país durante 63 dos últimos 80 anos, se veem pela primeira vez obrigados a somar forças para uma eleição, aliando-se aos Verdes e à Esquerda (ex-partido comunista).

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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