PUBLICIDADE

Ásia

Coreias não chegam a acordo sobre reencontro de famílias

17 set 2010 - 06h25
(atualizado às 07h10)
Compartilhar

Representantes da Cruz Vermelha das duas Coreias encerraram nesta sexta-feira, sem acordo, uma reunião que mantiveram na cidade fronteiriça norte-coreana de Kaesong para preparar futuros encontros de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-1954).

Fontes oficiais sul-coreanas citadas pela agência sul-coreana Yonhap assinalaram que não houve acordo sobre o local que deve ser sede desses encontros, e afirmaram que as duas partes voltarão a se reunir em uma semana para tentar pôr fim às diferenças.

Durante a reunião, a Coreia do Norte propôs à entidade humanitária sul-coreana que as reuniões de cerca de 100 famílias de cada lado da fronteira acontecessem entre os dias 21 e 27 de outubro, no monte norte-coreano de Kumgang.

A Cruz Vermelha sul-coreana, por sua vez, quer que os encontros incluam um maior número de pessoas que nas ocasiões anteriores e que aconteçam de forma regular, sugerindo ainda, o período entre os dias 19 e 24 de outubro.

Estes encontros começaram a ser realizados no ano 2000, após a histórica cúpula em Pyongyang entre o então presidente sul-coreano, Kim Dae-jung, e o líder norte-coreano, Kim Jong-il. A última reunião aconteceu em setembro do ano passado.

A divisão da península ao fim da Guerra da Coreia separou também milhares de famílias, e os participantes desses encontros são, em geral, idosos que não puderam ver seus familiares em mais de meio século.

Durante esta década houve 17 reuniões, que permitiram o reencontro de cerca de 20 mil coreanos dos dois lados da fronteira. A reunião de trabalho desta sexta aconteceu depois que a Coreia do Norte propusesse há uma semana realizar um novo encontro ainda este mês.

As duas Coreias vivem uma pequena melhoria de relações após muitos meses de tensão por conta do afundamento, em março, da embarcação sul-coreana "Cheonan", em incidente que causou 46 mortes e que Seul atribui a um torpedo norte-coreano, o que é negado por Pyongyang.

Ainda nesta semana, a Cruz Vermelha sul-coreana anunciou que enviará à Coreia do Norte cinco mil toneladas de arroz para atenuar o efeito das inundações de agosto no país comunista.

EFE   
Compartilhar
Publicidade