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Mundo

Adiada execução de ursos que protegiam plantação de maconha

1 set 2010 - 16h41
(atualizado às 16h51)
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As autoridades canadenses decidiram estender o prazo para execução dos ursos descobertos em uma plantação de cannabis (planta com a qual se produz a maconha) na Colúmbia Britânica. Inicialmente, os animais iriam ser eliminados, mas inúmeros protestos na internet tentaram reverter a decisão.

Os policiais, que encontraram mais de 20 ursos em uma zona afastada à beira do lago Christina na Colúmbia Britânica, pensaram, em um primeiro momento, que os cultivadores usavam os animais para espantar ladrões. Depois, foi verificado que os ursos eram tratados como animais de estimação, sendo até alimentados com rações para cachorro.

Foi isto que fez com que os ursos corressem perigo: habituados a receber comida de homens, eles se aventurariam a pedir alimento também para viajantes e ficariam agressivos se não recebessem nada.

Mas, a situação dos animais, que foi objeto de reportagens e alvo da mídia, mobilizou centenas de internautas que fizeram um abaixo assinado pedindo que os ursos fossem poupados.

O ministro do Meio Ambiente da Colúmbia Britânica, Barry Penner, declarou na terça-feira à noite à AFP que o proprietário da plantação de maconha, deixado em liberdade durante a investigação, havia recebido ordens para continuar a alimentar os ursos até meados de novembro, quando os animais começam a hibernar.

"Eles se distanciarão gradualmente", disse Penner. Quando acordarem na primavera, poderão retomar a vida selvagem normalmente, longe dos homens, acrescentou. "Espero um final feliz, mas não é garantido", concluiu.

Cerca de 160 mil ursos negros vivem na Colúmbia Britânica, o que representa um quarto da população desses animais no Canadá. Ao longo dos últimos três anos, mais de 1.200 foram eliminados por causa de conflitos com homens.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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