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Polícia

Espanha desarticula rede de prostituição de homens brasileiros

31 ago 2010 - 05h42
(atualizado às 08h29)
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A Polícia espanhola desarticulou pela primeira vez uma rede dedicada à exploração sexual de homens, que saíam do Brasil e recebiam cocaína, popper (uma droga para estimulação sexual) e viagra "para se prostituírem 24 horas por dia", segundo comunicado.

Alguns dos brasileiros explorados pela rede espanhola, em imagem liberdada pela polícia
Alguns dos brasileiros explorados pela rede espanhola, em imagem liberdada pela polícia
Foto: EFE

A investigação policial, que começou em fevereiro, levou à detenção de 14 pessoas em diferentes províncias espanholas, informou nesta terça-feira a Direção Geral da Polícia e a Guarda Civil.

Após deixarem o Brasil, as vítimas recebiam da organização uma "bolsa de viagem" e a passagem de avião, que era comprada com cartões falsificados. Na maioria das ocasiões, os jovens chegavam a aeroportos de outros países, e só depois eram levados à Espanha.

As vítimas viajavam enganadas quanto às condições de trabalho e, sobretudo, quanto aos valores que teriam devolver à organização por conta de despesas de viagem.

No início, os jovens eram informados de que só deveriam custear a passagem, quando na realidade eram exigidas quantias que em algumas ocasiões superavam os 4 mil euros.

Depois que chegavam à Espanha, o líder da organização, que vivia em Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares, levava os jovens a várias províncias espanholas, segundo a demanda de cada local.

Os jovens deviam entregar ao dono do apartamento ou ao encarregado 50% dos lucros, além de 200 euros pelo alojamento e manutenção. Se os homens se negassem ou causassem algum tipo de problema, os responsáveis pela rede faziam ameaças, inclusive de morte.

A organização atraía os clientes através de anúncios em classificados de jornais e também em páginas da internet, onde eram postadas fotografias dos jovens disponíveis.

Além de delitos contra os direitos dos cidadãos estrangeiros, relativos à prostituição, contra os direitos dos trabalhadores e formação de quadrilha, os principais responsáveis estão acusados de fornecer drogas e outras substâncias ilegais, tanto a clientes quanto às vítimas.

EFE   
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