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Chile pede assessoria da Nasa para alimentar mineiros presos

24 ago 2010 - 11h56
(atualizado às 13h26)
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As autoridades de saúde chilenas pediram a ajuda da Nasa para alimentar os 33 mineiros presos a 700 m de profundidade em uma mina no norte do Chile, informou o ministro da Saúde, Jaime Mañalich.

Alberto Segovia, irmão de um dos 33 mineiros presos, usa camiseta com a frase enviada pelo grupo
Alberto Segovia, irmão de um dos 33 mineiros presos, usa camiseta com a frase enviada pelo grupo
Foto: AP

Segundo o ministro, a 700 m de profundidade, às escuras, com pouca ventilação e sem acesso a alimentos, a situação dos 33 mineiros presos há 19 dias é muito parecida com a que os astronautas vivem quando estão no espaço.

A ajuda pedida, explicou o ministro, diz respeito especialmente ao processo de alimentação a que devem ser submetidos os mineiros, com pequenas doses de alimentos condensados, mas ricos em proteínas.

O jornal El Mercurio assinala que a Nasa já está planejando a assessoria ao governo chileno.

O grupo de mineiros sobreviveu até agora com duas colheres de atum e meio copo de leite a cada 48 horas, segundo revelou na véspera a senadora Isabel Allende.

A senadora pela região de Atacama explicou à AFP que teve acesso à ficha médica de um dos mineiros, que revelou estar "comendo duas colheradas de atum e meio copo de leite a cada 48 horas".

Equipes médicas entraram em contato com o grupo por um sistema de comunicação enviado através do duto aberto até o ponto sob a terra, com o qual se estabeleceu a primeira comunicação no domingo, e foi possível constatar "o perfeito estado de saúde de todos", segundo a médica Paula Newman.

A médica informou que o grupo já recebeu um solução com glicose a 5% e comprimidos de omeprazol, um medicamento para revestir o estômago para evitar possíveis úlceras devido à falta de alimentação.

Os engenheiros estão concluindo um levantamento topográfico para poder abrir um novo acesso à mina, e vão coordenar as ações com o grupo soterrado quando as máquinas iniciarem o trabalho.

O tempo para se chegar ao grupo, estimado em entre três e quatro meses, ainda não foi comunicado aos mineiros, que receberão tarefas diárias e serão monitorados por médicos e psicólogos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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