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Ásia

Restos de japonesa de 104 anos encontrados em mochila de filho

20 ago 2010 - 10h29
(atualizado às 12h01)
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A campanha lançada no Japão para fazer o censo dos habitantes centenários resultou numa descoberta macabra: os restos de uma mulher que supostamente tinha 104 anos permaneciam na mochila de seu filho há dez anos.

Há algumas semanas, quando funcionários municipais foram felicitar um idoso por seu 111º aniversario, descobriram que ele havia morrido há mais de 30 anos e que seus restos se encontravam mumificados em casa.

Desde então, as municipalidades foram encarregadas de verificar se as pessoas registradas com mais de 100 anos permaneciam vivas. Segundo os primeiros resultados da pesquisa, mais de 300 pessoas desapareceram e provavelmente estão mortas há anos.

Algumas famílias são suspeitas de terem voluntariamente omitido declarar essas mortes para continuar recebendo a aposentadoria.

No mais recente caso informado pela imprensa local, a polícia de Tóquio encontrou os restos de uma mulher de 104 anos na mochila de seu filho de 64 anos que declarou aos investigadores que sua mãe havia morrido há 9 anos, mas ele não tinha dinheiro para pagar pelo enterro.

"Ela morreu em casa por volta de junho de 2001", contou. "Conservei seu corpo um tempo, depois o lavei na banheira e quebrei ossos para colocá-los numa mochila".

"Como não tinha dinheiro para o enterro, não declarei a morte", explicou ainda ao jornal Sankei Shimbun.

Segundo a agência de notícias Jiji, a polícia abriu uma investigação por mutilação e fraude.

Durante os últimos três anos, a prefeitura enviou presentes de aniversário à falecida no valor de 150 mil ienes (1.350 euros). No Japão, é tradição presentear as pessoas que completam 100 anos.

O arquipélago conta com mais de 40 mil centenários em uma população de 127 milhões de habitantes, o que bate todos os recordes de longevidade: 88,4 anos para as mulheres, primeiro lugar no mundo, e 79,59 anos para os homens, quinto lugar.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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