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América Latina

Fidel Castro participa de sessão do Parlamento cubano

7 ago 2010 - 10h53
(atualizado às 10h54)
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O ex-presidente Fidel Castro deve participar, neste sábado, pela primeira vez em quatro anos, de uma sessão extraordinária do Parlamento cubano que ele convocou para debater os riscos de um novo conflito no Oriente Médio.

No dia 26 de julho passado, o pai da Revolução cubana declarou que solicitaria a reunião para advertir sobre a iminência de uma guerra nuclear envolvendo os Estados Unidos, o Irã e Israel.

O Parlamento cubano realiza duas sessões extraordinárias por ano, sendo consagrada, desta vez, "à análise de diversos aspectos da situação internacional", segundo um breve comunicado divulgado no órgão oficial do PC cubano.

Trata-se da primeira participação de Fidel Castro, que festejará 84 anos no dia 13 de agosto, numa sessão parlamentar desde a grave doença que o acometeu no final de julho de 2006, obrigando-o a ceder o poder a seu irmão Raul.

Desde que Fidel Castro se afastou do poder, sua cadeira permaneceu vazia nas sessões parlamentares.

Nos últimos tempos, Fidel Castro, dedicou-se, durante a convalescença a escrever "reflexões" sobre a atualidade e suas memórias.

Em texto publicado no site Cubadebate.cu, Fidel Castro, intimou na terça-feira o presidente Barack Obama, a evitar a guerra nuclear "apocalíptica" que desatará caso ordene um ataque ao Irã.

"O senhor deve saber que está em suas mãos oferecer à humanidade a única chance real de paz. Só em uma ocasião o senhor poderá fazer uso de suas prerrogativas ao dar a ordem de atirar", declarou Fidel.

"Compreendo que não se pode esperar, nem o senhor daria nunca, uma resposta rápida. Pense bem, consulte seus especialistas, peça opinião sobre o assunto a seus mais poderosos aliados e adversários internacionais", expressou, após qualificar a situação de "apocalíptica".

No domingo, o chefe de Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos assegurou que um plano de ataque contra o Irã está preparado para o caso de Teerã se equipar com arma nuclear.

"Peço-lhe que se digne a ouvir este apelo que, em nome do povo de Cuba, lhe transmito. Não me interessam honras, nem glórias. Faça-o! (...) A pior de todas as variantes será a guerra nuclear, que já é virtualmente evitável. Evite-a!", concluiu.

Cuba está sob o embargo americano há 48 anos e não possui, como o Irã, comme relações diplomáticas formais com os Estados Unidos. Cuba e o Irã figuram, além disso, junto com o Sudão e a Síria, na "lista negra" americana de países que apoiam o terrorismo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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