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Oriente Médio

Lula não pretende interferir por iraniana condenada a pedradas

28 jul 2010 - 18h26
(atualizado às 18h37)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu nesta quarta-feira que pretende se manter afastado de uma polêmica no Irã, onde uma mulher foi condenada ao apedrejamento por adultério.

Foi lançada na Internet uma campanha para que Lula ligasse para o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para pedir que Sakineh Mohammadi Ashtiani não seja apedrejada.

"Tem que ter cuidado, as pessoas têm leis, têm regras. Se começassem a desobedecer as leis deles para atender os pedidos dos presidentes, daqui a pouco haverá uma avacalhação", disse Lula a jornalistas.

Em 11 de julho, a Justiça iraniana suspendeu temporariamente a condenação. A punição a Sakineh, que está presa, provocou protestos internacionais, mas uma autoridade judicial disse que isso não influenciou na decisão de suspender a condenação e que a sentença pode ser aplicada no futuro.

A campanha na rede social de microblog twitter "ligalula" foi criada na tentativa de Lula interferir no caso, depois que o presidente brasileiro intermediou, em maio, um acordo sobre troca de combustível nuclear com a República Islâmica.

Lula disse ser contra a pena, porém deve se manter afastado do assunto. "Não acho que nenhuma mulher deveria ser apedrejada", afirmou Lula, lembrando que já intercedeu em outros casos no exterior, como na libertação de Clotilde Reiss, professora francesa condenada por espionagem depois dos protestos realizados no ano passado contra o governo.

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