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Mundo

ONU alerta sobre ataques xenófobos contra somalis refugiados

23 jul 2010 - 08h51
(atualizado às 08h53)
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O Alto Comissariado das Nações Unidas (Acnur) para os Refugiados (Acnur) alertou hoje sobre os crescentes ataques contra a população somali deslocada ou refugiada nas regiões e países vizinhos, assédio que interpreta como um sinal de "xenofobia" que "deve ser freado".

"Os ataques que os somalis sofrem nesses lugares são um motivo de preocupação", disse hoje em Genebra Melissa Fleming, porta-voz do Acnur.

Entre outros ataques, o Acnur registrou denúncias das vítimas, que relatam detenções arbitrárias, extorsão, assédio físico e verbal, e expulsão das zonas de amparo.

"Na capital, Nairóbi, mais de 2 mil somalis pediram proteção e asilo aos escritórios do Acnur nos últimos dias", disse Fleming.

Segundo o Acnur, mais de 18 mil pessoas foram deslocadas, 112 assassinadas e 250 feridas na Somália devido aos enfrentamentos das últimas três semanas.

O país sofre com a falta de um regime estável desde a queda do ditador Siad Barre, em 1991, quando a Somália caiu nas mãos dos chamados senhores da guerra e dos clãs.

Atualmente, a milícia islamita Al Shabab controla praticamente todo o centro e sul do país e tenta desbancar o Governo Federal de Transição (GFT), apoiado pelos Estados Unidos.

Desde os anos 90, mais de um milhão de somalis vivem como refugiados internos e outros 600 mil como refugiados em países vizinhos, número que transforma a Somália no terceiro país, depois do Iraque e do Afeganistão, em maior número de refugiados do mundo.

EFE   
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