Rússia teme que estação de Dostoiévski vire "Meca" do suicídio
Uma estação de metrô de Moscou que homenageia o escritor russo Fiodor Dostoiévski foi inaugurada em junho apesar do medo que seus murais, considerados "depressivos", possam transformá-la em uma espécie de "Meca" do suicídio, informa o site francês The Observers.
Os murais da estação retratam cenas dos mais famosos romances de Dostoiévski - conhecido por escrever sobre temas sombrios. Um deles, que homenageia o livro Crime e Castigo, traz a imagem da personagem Rodion Raskolnikov atacando com um machado a idosa Alyona Ivanovna.
Segundo The Observers, diversos proeminentes psicólogos do país já expressaram a preocupação de que a estação possa atrair pessoas depressivas ou suicidas que estejam procurando um lugar "apropriado" para cometer suicídio.
A inauguração da estação chegou a ser misteriosamente adiada por um mês, levantando especulações de que o próprio chefe do sistema de transportes local tenha expressado preocupação sobre a decoração. Contudo, a Dostoevskaya (como é chamada na Rússia) abriu as portas no dia 19 de junho sem que seus murais fossem modificados.
Em entrevista ao jornal Izvestia, o artista responsável pelos murais questionou as críticas à sua obra. "O que vocês queriam? Cenas de dança? Dostoiévski não têm elas", disse Ivan Nikolaev.
Em um mês de funcionamento, nenhum suicídio foi tentado na controversa estação.