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Estados Unidos

À espera dos EUA, Rússia congela tratado de desarmamento

6 jul 2010 - 15h51
(atualizado às 16h40)
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A Duma, a Câmara dos Deputados russa, decidiu nesta terça-feira congelar o processo de ratificação do novo tratado de desarmamento nuclear com os Estados Unidos até que tenha a certeza de que será aprovado pelo Senado em Washington.

O anúncio foi feito por Konstantin Kosachov, chefe do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma. A Câmara fez nesta terça-feira uma primeira audiência sobre o tratado, assinado pelos presidentes russo, Dmitri Medvedev, e americano, Barack Obama, em abril, em Praga.

"Não teremos pressa com a confirmação do tratado até que fique claro quais são as perspectivas de que nossos colegas americanos façam o mesmo", declarou o deputado ao canal de TV Russia Today, que transmite em inglês.

Kosachov ressaltou que, entre os legisladores republicanos americanos, há vários contra o novo acordo de desarmamento com a Rússia, cuja ratificação nos dois países Obama e Medvedev prometeram sincronizar. "A situação lá continua sendo incerta e imprevisível", afirmou.

Após a audiência desta terça, a Duma só dará outro passo para a ratificação, ainda que pequeno, na próxima quinta-feira, quando o comitê presidido por Kosachov terá uma sessão especial dedicada ao documento russo-americano.

"Depois disso, faremos uma pausa e não daremos nenhum passo até que tenhamos claro o que ocorre no Senado dos EUA", explicou.

Apesar da protelação, o deputado deixou claro, no entanto, que o tratado atende igualmente os interesses de EUA e Rússia e que não há razão para que não seja confirmado pelos Legislativos de ambos.

O novo tratado, que substituiu o Start (1991), obriga as duas potências a acabar com 1.550 ogivas nucleares de suas forças estratégicas ofensivas e limita a 800 os vetores para lançamento.

Além disso, limita para cada parte a 700 o número de mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos estratégicos em submarinos e em bombardeiros estratégicos equipados com armamento nuclear.

EFE   
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