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Oriente Médio

Israel critica exclusão de israelenses de Parada Gay em Madri

8 jun 2010 - 06h47
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Israel denunciou hoje que a participação da representação israelense na Parada do Orgulho Gay de Madri foi cancelada pelos organizadores por "motivos de segurança", o que provocou fortes críticas oficiais.

"É extremamente decepcionante que uma forma de discriminação e exclusão venha precisamente de pessoas que desfilam pela fraternidade, a inclusão e a tolerância", disse à agência Efe Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores.

Para Palmor, a retirada do convite faz com que a passeata da capital espanhola, uma das mais importantes do mundo, "transforme a passeata do orgulho em uma passeata da vergonha".

Yossi Levy, também porta-voz de Exteriores, se mostrou "decepcionado" pela decisão dos organizadores espanhóis e assinalou à Efe que eles "utilizam a segurança como uma desculpa para impedir a participação do único país do Oriente Médio que respeita os direitos da comunidade gay".

"Se Madri não pode garantir a segurança dos participantes, deveria cancelar todo o evento" e não unicamente anular a participação israelense, disse Levy, que acrescentou que esta terça-feira "é um dia muito negro na história dos direitos dos gays".

Sharon Gegerman, porta-voz da Associação de Direitos de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais em Israel ("Aguda"), que organizava a delegação israelense, se mostrou "muito decepcionado" e assinalou que "a comunidade gay luta contra as diferenças e deseja mostrar ao mundo que não temos nenhum problema com ninguém, além de querer que todos sejam iguais e amem a quem quiserem".

Gegermen, no entanto, disse que a associação "compreende que a razão para o cancelamento foi a segurança, porque é um desfile muito grande e é impossível correr o risco".

A primeira participação israelense nos eventos que rodeiam a Parada do Orgulho Gay em Madri incluía a inclusão de um ônibus no desfile, e a realização de "festas estilo Tel Aviv", com cantores e DJs israelenses.

Além dos quinze representantes da "Aguda", a associação estimava que "centenas de israelenses" se uniriam às celebrações que acontecerão entre 1º e 5 de julho na capital espanhola.

EFE   
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