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América Latina

ONU enviará mais 680 policiais ao Haiti para combater crimes

4 jun 2010 - 18h53
(atualizado às 22h53)
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O Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta sexta-feira o envio de 680 policiais adicionais para combater um possível aumento dos índices de criminalidade no Haiti. O país caribenho ainda se recupera de um terremoto que matou mais de 300 mil pessoas em janeiro.

O reforço será "temporário", diz a resolução do Conselho, e elevará a 4.391 o contingente policial da ONU no Haiti. Há também quase 9 mil militares estrangeiros, integrantes da força de paz chamada Minustah, no país desde 2004, sob comando do Brasil.

Em um momento em que muitos haitianos ainda vivem acampados por causa do terremoto, a resolução aponta o "risco de um ressurgimento da violência de gangues, do crime organizado e do tráfico de crianças".

A elevação do efetivo policial havia sido recomendada em abril pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com base na notícia de que muitos criminosos estavam à solta devido à destruição da principal penitenciária haitiana no terremoto.

O relatório de Ban dizia também que a polícia haitiana precisa de ajuda da ONU para estabelecer uma presença "sustentável e visível" nos acampamentos e em outros lugares, contribuindo com um "ambiente propício" para a realização de eleições neste ano.

A ONU elevou o contingente da Minustah em 3,5 mil soldados e policiais na semana seguinte ao terremoto. O Conselho de Segurança disse que o novo reforço será mantido pelo menos até a posse do novo governo, prevista para fevereiro.

A decisão foi tomada três dias depois de os militares dos EUA anunciarem o fim quase completo das suas atividades humanitárias no Haiti. Estima-se que 1,5 milhão de haitianos estejam vivendo em acampamentos superlotados de Porto Príncipe e arredores.

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