Ativistas árabes expulsos acusam Israel de brutalidade
2 jun2010 - 13h36
(atualizado às 15h32)
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Ativistas a bordo de um navio com ajuda humanitária usaram bastões para se defender contra uma operação de militares israelenses, mas foram forçados a se render e amarrados, disse um dos ativistas nesta quarta-feira.
"Eles nos humilharam", disse Ahmed Brahimi, um argelino que disse estar a bordo do Mavi Marmara, palco da maior parte da violência que ocorreu durante a operação na segunda-feira.
Morreram nove ativistas no ataque, o que gerou condenação internacional e pressão crescente para que Israel suspenda seu bloqueio a Gaza.
Israel disse que os militares que embarcaram no Mavi Marmara atiraram em legítima defesa após ativistas terem agredido-os e usaram duas armas encontradas no navio para disparar e ferir vários deles.
"Não estávamos armados. Não fomos até lá para lutar", afirmou Brahimi, que se disse coordenador do contingente da Argélia a bordo do comboio. Ele conversou com a Reuters por telefone da Jordânia pouco depois de ser deportado de Israel.
"Estávamos fazendo nossa oração da manhã quando os israelenses tentaram pela primeira vez entrar a bordo do navio Marmara", disse.
"Usamos bastões e tudo o que encontramos para nos defender para interromper a operação. Durante a segunda operação, eles sequestraram o filho do capitão, e então nos vimos obrigados a nos entregar", disse.
"(Eles) tomaram nossos celulares, não nos deixaram usar o banheiro, nossas mãos estavam amarradas", acrescentou.
Ele disse ter visto militares israelenses disparando balas de borracha, mas não testemunhou o incidente no qual usaram balas de verdade. Brahimi disse que ele e outros ativistas foram retirados do barco no porto da cidade de Ashdod e levados a um presídio.
"Eles nos pediram para assinar um documento em hebraico", disse. "Nós, os argelinos, nos negamos a assinar o documento porque não entendemos hebreu e, mais do que isso, porque não reconhecemos Israel".
Em uma ação, que teve apoio dos EUA, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu uma investigação imparcial sobre as mortes.
Ativistas internacionais do grupo IHH dão entrevista antes de partir para Gaza
Foto: AP
Manifestantes seguram faixas que pedem a libertação da Faixa de Gaza, no porto de Ashdod, em Israel
Foto: EFE
Mulher chora durante protesto contra o ataque, em Istambul, na Turquia
Foto: AP
Soldados carregam homem ferido do helicóptero para um hospital em Jerusalém
Foto: EFE
Libaneses protestam contra a ação dos militares israelenses em frente à sede da ONU em Beirute
Foto: EFE
Em Amã, na Jordânia, manifestantes começam a pôr fogo em bandeira de Israel
Foto: EFE
Manifestantes seguram cartazes contra o ataque israelense, na cidade do Cairo, no Egito
Foto: AP
Médicos israelenses levam um ferido no confronto para um hospital de Haifa
Foto: AP
Turco lamenta o incidente do lado de fora do consulado de Israel em Istambul
Foto: AP
Frame de vídeo mostra luzes de um navio da Marinha israelense iluminando o horizonte
Foto: Reuters
Imagem mostra um tripulante do navio de ajuda humanitária ferido após o ataque israelense
Foto: Reuters
Frame de vído mostra soldados israelenses fortemente armados invadindo o navio de ajuda humanitária
Foto: Reuters
Manifestantes entram em conflito contra policiais durante protestos em frente a embaixada israelense em Atenas, na Grécia
Foto: AFP
Mulheres choram durante protestos em Bruxelas, na Bélgica
Foto: Reuters
Homem queima bandeira israelense durante protestos em Nicosia, no Chipre
Foto: AP
Milhares de pessoas se reúnem em Istambul, capital turca, para manifestação de repúdio ao ataque em Gaza
Foto: EFE
Manifestantes criticam ajuda americana à Israel, durante protestos em Roma, na Itália
Foto: Reuters
Representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), fazem reunião emercial em Nova York sobre as atitudes a serem tomadas após ataque em Gaza
Foto: Reuters
Homem é arrastado por militares durante conflitos em frente a embaixada israelense, em Atenas
Foto: EFE
Muçulmana usa burca e pede liberdade para a Palestina, durante manifestação em Londres
Foto: Reuters
Militante da Frente Democrática pela Libertação da Palestina ergue um fuzil e a bandeira turca, durante protestos no campo de refugiados de Ein el-Hilweh, na cidade de Sidon
Foto: AP
Nilüfer Çetin concede entrevista a repórteres no aeroporto de Istanbul
Foto: AP
Manifestantes jogam pedras durante protestos nas proximidades da embaixada israelense, em Paris
Foto: Reuters
Crianças palestinas jogam flores no mar, próximo ao porto de Gaza, em homenagem às vitimas do ação policial israelense
Foto: AFP
Muçulmanos fazem protesto em Ramallah carregando uma réplica de um navio com a bandeira palestina
Foto: Reuters
Homem grita palavras de ordem durate manifestações em Cairo
Foto: Reuters
Manifestantes pedem o fim do Hamas na Faixa de Gaza, em frente à embaixada israelense em Viena
Foto: Reuters
Muçulmanos protestam em frente à embaixada israelense em Viena
Foto: Reuters
Mulher segura cartaz durante protestos na embaixada turca, em Amman, na Jordânia
Foto: AP
Manifestantes criticam ações de Israel, durante protestos em Ramallah, na Cisjordânia
Foto: Reuters
Manifestantes protestam em frente a embaixada israelense em Istambul
Foto: AFP
Manifestante segura cartaz pedindo liberdade aos palestinos em Gaza, durante manifestação em Bruxelas
Foto: EFE
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Foto: EFE
Hedy Epstein pretende embarcar no navio irlandês que tentará romper o bloqueio israelense à Faixa de Gaza
Foto: Free Gaza Movement / BBC Brasil
Manfestantes protestam contra a ação dos militares israelenses em frente à Casa Branca, em Washington