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Oriente Médio

Israel se prepara para interceptar outro navio humanitário

1 jun 2010 - 07h50
(atualizado às 09h46)
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Apesar da condenação internacional à operação que causou a morte de ao menos nove ativistas a bordo de embarcações com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, Israel afirmou que se prepara para impedir o acesso do navio irlandês Rachel Corrie, cuja chegada a Gaza está prevista para entre hoje e amanhã. A informação é do jornal espanhol El País.

Israel divulga vídeo para justificar ataque a barcos:

Em declaração à rádio do exército, o vice-ministro da Defesa de Israel, Matan Vilnaí, assegurou que o país "não permitirá que se rompa o bloqueio a Gaza", apesar do ocorrido com a Frota da Liberdade.

Um tenente da Marinha, que não foi identificado, disse em entrevista à Rádio do Exército que esperava uma fácil tomada da embarcação.

"Como unidade, estamos estudando e realizaremos investigações profissionais para chegar a conclusões," disse o tenente, referindo-se ao confronto em que sua unidade atirou contra nove ativistas internacionais a bordo da embarcação turca. "E também estaremos prontos para o Rachel Corrie," acrescentou.

Em uma mensagem postada na Internet a partir da Irlanda no dia 20 de abril, a Organização Perdana pela Paz Mundial disse que o Movimento pela Liberdade de Gaza, que se opõe ao bloqueio liderado por Israel ao território palestino, comprou o Rachel Corrie como parte de uma flotilha de assistência humanitária.

Nove pessoas morreram e quase 40 ficaram feridas no ataque aos seis navios que formavam a Frota da Liberdade, que levava ajuda humanitária a Gaza e foi abordada pelo exército israelense em águas internacionais na madrugada de segunda-feira.

Países aliados e inimigos fizeram duras críticas ao governo de Israel pelo ataque. É a primeira vez que o premiê Benjamin Netanyahu, que chegou ao poder em março de 2009 após a formação de uma coalizão de direita, enfrenta uma onda de críticas desta magnitude da opinião pública de seu país, após uma de menor intensidade em março após a pior crise diplomática com os EUA em décadas.

Com informações da agência Reuters

Fonte: Redação Terra
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